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Ambev prevê cerveja Corona para 2º semestre no Brasil

Lançamento está dentro da estratégia de aumentar o peso dos rótulos premium no volume total comercializado

Garrafas da cerveja Corona: marca passou a integrar o portfólio global da AB InBev após a companhia comprar grupo mexicano Modelo (Scott Olson/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2014 às 16h56.

São Paulo - A Ambev enxerga um cenário melhor para a venda de cerveja em 2014 e prevê o lançamento da marca Corona no Brasil no segundo semestre, dentro da estratégia de aumentar o peso dos rótulos premium, com maior margem, no volume total comercializado.

Em teleconferência com analistas nesta quarta-feira, o diretor geral da companhia, João Castro Neves, afirmou que a Corona deverá estrear no Brasil após a Copa do Mundo, posicionada como uma cerveja "super premium".

A marca passou a integrar o portfólio global da AB InBev, controladora da Ambev, após a companhia comprar o controle do grupo mexicano Modelo, num negócio anunciado em 2012.

No ano passado, as marcas premium da Ambev responderam por cerca de 7 por cento do volume de cerveja da empresa no Brasil, com avanço de dois dígitos em marcas como Original, Budweiser e Stella Artois, incluídas pela empresa nesta categoria.

Segundo o diretor financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Nelson Jamel, o percentual ficou acima do peso de 5 a 6 por cento do segmento premium no mercado em geral.

O participação das cervejas mais caras da Ambev cresceu na contramão dos números totais da empresa: o volume de cerveja vendido pela companhia recuou 4,3 por cento no Brasil em 2013, afetado por fatores como inflação e clima desfavorável.

Classificando a estreia ainda sem data da Corona como uma "adição importante" na plataforma de marcas globais, Jamel afirmou em teleconferência com jornalistas que vê uma clara tendência de expansão para o segmento premium.


"Não temos número específico, mas quando olhamos outros mercados desenvolvidos, o peso de marcas premium no total atinge mais de 10, 15, até 25 por cento", afirmou. "É uma distância grande dos 7 que temos hoje para os 25, então tem muito espaço para crescer", completou.

Jamel afirmou que as perspectivas para o setor em geral também são positivas em 2014, com a indústria cervejeira voltando a mostrar aumento de volume, apoiada por preços menores.

"A nossa expectativa para o ano de 2014 é ter preços em patamares inferiores ao que a gente viu. É o principal fator para cenário de crescimento de volume. Lógico que aí você soma Copa do Mundo", afirmou o executivo.

Ele chamou o evento esportivo de "um verão no meio do ano", em função do aumento de vendas esperado para um período que é tradicionalmente mais morno para a empresa.

"Tivemos uma experiência bem positiva com a Copa das Confederações no ano passado, foi único período do ano em que nosso volume chegou a crescer um pouquinho ou pelo menos não cair", disse.

Os investimentos da companhia no Brasil deverão ficar próximos dos níveis observados em 2013, quando fecharam em 2,8 bilhões de reais, de um total aplicado pela companhia de 3,8 bilhões no ano.


A Ambev vai inaugurar duas fábricas no Brasil em 2014: uma em Uberlândia (MG), em março, e outra em Ponta Grossa (PR), ainda sem previsão de abertura.

Restultados

No quarto trimestre, a companhia melhorou os resultados operacionais apesar da queda nos volumes no Brasil, seu principal mercado, apoiando-se no aumento de preços e em uma menor alíquota efetiva de impostos.

Antes da abertura do mercado, a Ambev divulgou um avanço de 27,2 por cento no lucro líquido trimestral ante igual período de 2012, a 4,75 bilhões de reais.

No consolidado do 2013, a Ambev elevou o lucro líquido em 9 por cento, a 11,35 bilhões de reais, e a receita líquida em 7,9 por cento, a 34,8 bilhões, apesar de uma queda de 2,7 por cento no volume geral.

"Gostaríamos de ter visto melhores tendências de volume ao longo de 2013, mas a Ambev conseguiu entregar bons resultados no ano, especialmente no segundo semestre, na esteira de sua estratégia em preços, inovação e (segmento) premium", disse o Itaú BBA, em relatório assinado por Thiago Macruz.

"Considerando a taxa de imposto mais baixa, acreditamos que os ganhos poderiam crescer acima de 20 por cento em 2014, suportando um bom desempenho para a ação", afirmou o BBA.

Às 16h40, as ações da companhia operavam em alta de 1 por cento, a 16,76 reais, com o Ibovespa recuando 0,23 por cento no mesmo momento.

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São Paulo - A Ambev enxerga um cenário melhor para a venda de cerveja em 2014 e prevê o lançamento da marca Corona no Brasil no segundo semestre, dentro da estratégia de aumentar o peso dos rótulos premium, com maior margem, no volume total comercializado.

Em teleconferência com analistas nesta quarta-feira, o diretor geral da companhia, João Castro Neves, afirmou que a Corona deverá estrear no Brasil após a Copa do Mundo, posicionada como uma cerveja "super premium".

A marca passou a integrar o portfólio global da AB InBev, controladora da Ambev, após a companhia comprar o controle do grupo mexicano Modelo, num negócio anunciado em 2012.

No ano passado, as marcas premium da Ambev responderam por cerca de 7 por cento do volume de cerveja da empresa no Brasil, com avanço de dois dígitos em marcas como Original, Budweiser e Stella Artois, incluídas pela empresa nesta categoria.

Segundo o diretor financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Nelson Jamel, o percentual ficou acima do peso de 5 a 6 por cento do segmento premium no mercado em geral.

O participação das cervejas mais caras da Ambev cresceu na contramão dos números totais da empresa: o volume de cerveja vendido pela companhia recuou 4,3 por cento no Brasil em 2013, afetado por fatores como inflação e clima desfavorável.

Classificando a estreia ainda sem data da Corona como uma "adição importante" na plataforma de marcas globais, Jamel afirmou em teleconferência com jornalistas que vê uma clara tendência de expansão para o segmento premium.


"Não temos número específico, mas quando olhamos outros mercados desenvolvidos, o peso de marcas premium no total atinge mais de 10, 15, até 25 por cento", afirmou. "É uma distância grande dos 7 que temos hoje para os 25, então tem muito espaço para crescer", completou.

Jamel afirmou que as perspectivas para o setor em geral também são positivas em 2014, com a indústria cervejeira voltando a mostrar aumento de volume, apoiada por preços menores.

"A nossa expectativa para o ano de 2014 é ter preços em patamares inferiores ao que a gente viu. É o principal fator para cenário de crescimento de volume. Lógico que aí você soma Copa do Mundo", afirmou o executivo.

Ele chamou o evento esportivo de "um verão no meio do ano", em função do aumento de vendas esperado para um período que é tradicionalmente mais morno para a empresa.

"Tivemos uma experiência bem positiva com a Copa das Confederações no ano passado, foi único período do ano em que nosso volume chegou a crescer um pouquinho ou pelo menos não cair", disse.

Os investimentos da companhia no Brasil deverão ficar próximos dos níveis observados em 2013, quando fecharam em 2,8 bilhões de reais, de um total aplicado pela companhia de 3,8 bilhões no ano.


A Ambev vai inaugurar duas fábricas no Brasil em 2014: uma em Uberlândia (MG), em março, e outra em Ponta Grossa (PR), ainda sem previsão de abertura.

Restultados

No quarto trimestre, a companhia melhorou os resultados operacionais apesar da queda nos volumes no Brasil, seu principal mercado, apoiando-se no aumento de preços e em uma menor alíquota efetiva de impostos.

Antes da abertura do mercado, a Ambev divulgou um avanço de 27,2 por cento no lucro líquido trimestral ante igual período de 2012, a 4,75 bilhões de reais.

No consolidado do 2013, a Ambev elevou o lucro líquido em 9 por cento, a 11,35 bilhões de reais, e a receita líquida em 7,9 por cento, a 34,8 bilhões, apesar de uma queda de 2,7 por cento no volume geral.

"Gostaríamos de ter visto melhores tendências de volume ao longo de 2013, mas a Ambev conseguiu entregar bons resultados no ano, especialmente no segundo semestre, na esteira de sua estratégia em preços, inovação e (segmento) premium", disse o Itaú BBA, em relatório assinado por Thiago Macruz.

"Considerando a taxa de imposto mais baixa, acreditamos que os ganhos poderiam crescer acima de 20 por cento em 2014, suportando um bom desempenho para a ação", afirmou o BBA.

Às 16h40, as ações da companhia operavam em alta de 1 por cento, a 16,76 reais, com o Ibovespa recuando 0,23 por cento no mesmo momento.

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