Amazon demora para operar no Brasil, diz executivo
Segundo o vice-presidente de planejamento da Netshoes, o modelo norte-americano aplicado pela maior empresa de e-commerce do mundo não cabe no Brasil
Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2013 às 14h39.
São Paulo - A gigante norte-americana de comércio eletrônico Amazon ainda deve demorar a operar no Brasil de forma semelhante a sua atuação no EUA, na avaliação do vice presidente de planejamento da NetShoes, José Rogério Luiz. A Amazon é a maior empresa de comércio eletrônico do mundo, com sede Seattle (EUA).
"Acredito que (a Amazon) não entrará no Brasil sem um aporte de capital. O modelo dos Estados Unidos não cabe no Brasil", afirmou durante debate sobre o setor de comércio eletrônico na Fecomercio-SP.
Segundo ele, os ciclos de geração de caixa são diferentes entre os negócios no mercado brasileiro e o norte-americano. Nos EUA, a varejista recebe à vista e paga a prazo os fornecedores. "Esse modelo é invertido por aqui", afirmou, explicando que no Brasil a empresa financia o cliente, o que gera uma saída maior de caixa, em comparação ao mercado norte-americano.
Prazos
O executivo da NetShoes acrescentou que o mercado brasileiro incorporou práticas como frete grátis e pagamentos alongados sem juros. "Isso se deu pela entrada de players físicos entrando no e-commerce", disse. Luiz afirmou que a empresa adotou uma estratégia há cerca de dois anos de limitar o frete grátis e aumentar o valor das parcelas mínimas. Os custos sobre a receita líquida, assim, caíram de 16% para 6,5%, afirmou.
Outra empresa que também reduziu os prazos para financiamento foi a Máquina de Vendas. Segundo o diretor de comércio eletrônico da empresa, Marcelo Ribeiro, os prazos médios recuaram de nove vezes sem juros para cinco vezes, em média. "Isso nos possibilitou a operar com nossa própria geração de caixa", afirmou Ribeiro, ressaltando que o braço de e-commerce da varejista "passou a operar com lucro".
Ribeiro ressaltou que a empresa vem estudando alternativas para redução de custos operacionais com a integração entre os canais online e físico. "Não faz sentido enviarmos um produto do centro de distribuição de Belo Horizonte ou São Paulo para o Norte, se temos lojas por lá. Precisamos juntar os CDs das lojas físicas ao e-commerce", afirmou o executivo da Máquina de Vendas, holding que controla as redes de lojas Insinuante e Ricardo Eletro.
São Paulo - A gigante norte-americana de comércio eletrônico Amazon ainda deve demorar a operar no Brasil de forma semelhante a sua atuação no EUA, na avaliação do vice presidente de planejamento da NetShoes, José Rogério Luiz. A Amazon é a maior empresa de comércio eletrônico do mundo, com sede Seattle (EUA).
"Acredito que (a Amazon) não entrará no Brasil sem um aporte de capital. O modelo dos Estados Unidos não cabe no Brasil", afirmou durante debate sobre o setor de comércio eletrônico na Fecomercio-SP.
Segundo ele, os ciclos de geração de caixa são diferentes entre os negócios no mercado brasileiro e o norte-americano. Nos EUA, a varejista recebe à vista e paga a prazo os fornecedores. "Esse modelo é invertido por aqui", afirmou, explicando que no Brasil a empresa financia o cliente, o que gera uma saída maior de caixa, em comparação ao mercado norte-americano.
Prazos
O executivo da NetShoes acrescentou que o mercado brasileiro incorporou práticas como frete grátis e pagamentos alongados sem juros. "Isso se deu pela entrada de players físicos entrando no e-commerce", disse. Luiz afirmou que a empresa adotou uma estratégia há cerca de dois anos de limitar o frete grátis e aumentar o valor das parcelas mínimas. Os custos sobre a receita líquida, assim, caíram de 16% para 6,5%, afirmou.
Outra empresa que também reduziu os prazos para financiamento foi a Máquina de Vendas. Segundo o diretor de comércio eletrônico da empresa, Marcelo Ribeiro, os prazos médios recuaram de nove vezes sem juros para cinco vezes, em média. "Isso nos possibilitou a operar com nossa própria geração de caixa", afirmou Ribeiro, ressaltando que o braço de e-commerce da varejista "passou a operar com lucro".
Ribeiro ressaltou que a empresa vem estudando alternativas para redução de custos operacionais com a integração entre os canais online e físico. "Não faz sentido enviarmos um produto do centro de distribuição de Belo Horizonte ou São Paulo para o Norte, se temos lojas por lá. Precisamos juntar os CDs das lojas físicas ao e-commerce", afirmou o executivo da Máquina de Vendas, holding que controla as redes de lojas Insinuante e Ricardo Eletro.