Energia: concessão da hidrelétrica foi arrematada pelo consórcio Eletrobras/Alupar no primeiro leilão de energia nova A-5 de 2013 (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2013 às 20h40.
Rio - O presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, assegurou que a Alupar não irá abandonar o consórcio vencedor da usina hidrelétrica Sinop (MT) até a data de assinatura do contrato de concessão, prevista para março de 2014. "Depois, a Alupar pode sair ou não. Mas ela ainda não saiu", assegurou o executivo, que participou nesta quinta-feira, 12, do Energy Summit.
A concessão da hidrelétrica foi arrematada pelo consórcio Eletrobras/Alupar no primeiro leilão de energia nova A-5 de 2013, em 29 de agosto. No mesmo dia, no entanto, a Alupar enviou fato relevante ao mercado informando que havia desistido de sua participação no empreendimento. Semana passada, Carvalho Neto afirmou que tinha informações de que a Cemig e a francesa EDF tinham interesse em entrar no ativo e assumir a fatia da Alupar.
O executivo voltou a reforçar essa informação e também revelou que a estatal federal foi sondada por outra empresa de energia, cujo nome não quis revelar. "É uma empresa multinacional que está no Brasil", limitou-se a dizer. De fato, a EDF e a Cemig têm interesse no projeto, uma vez que disputaram o leilão A-5 juntas e apresentaram a segunda melhor proposta para o ativo.
Presente ao evento, no entanto, o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Cemig, Luiz Fernado Rolla, negou que a estatal mineira esteja em negociações com a Eletrobras para assumir a fatia da Alupar. "Não existe nenhuma negociação em curso. Isso é uma especulação que está circulando pelo mercado", afirmou.
A solidez do consórcio Eletrobras/Alupar será testada antes da assinatura do contrato de concessão. Pelo cronograma de eventos do leilão A-5 estabelecido pela Aneel, os vencedores do certame precisam depositar a garantia de fiel cumprimento em 23 de dezembro deste ano. Se o consórcio Eletrobras/Alupar não depositar essa garantia, perderão o direito de explorar a concessão da hidrelétrica de Sinop (400 MW de capacidade instalada).
Caso o consórcio não cumpra os pré-requisitos exigidos pela Aneel para homologar o resultado do leilão, o entendimento da Cemig é de que a segunda melhor proposta da licitação se tornaria a vencedora da disputa. Com isso, a própria Cemig e a EDF teriam direito de explorar o projeto de Sinop.