Venda foi feita para a instalação de terminais logísticos em Rondonópolis (José Gomercindo)
Da Redação
Publicado em 11 de abril de 2012 às 21h26.
São Paulo - A América Latina Logística já vendeu quase todos os 400 hectares disponíveis para a instalação de terminais logísticos em Rondonópolis (MT), onde a ferrovia da operadora deverá chegar até o final deste ano.
Atualmente, a via férrea já chegou ao município de Itiquira, a cerca de 40 quilômetros de Rondonópolis, onde a terraplanagem da área dos terminais foi recentemente iniciada.
Esmagadoras de sojas, misturadoras de fertilizantes e operadores de combustíveis estão entre as cerca de 12 empresas que já fecharam negócio com a companhia.
"São 400 hectares de área para terminais, e tem só oito hectares que ainda não foram vendidos. Todo o resto já foi vendido em lotes de oito ou 16 hectares", afirmou o diretor superintendente da ALL, Eduardo Pelleisone, a jornalistas nesta quarta-feira, durante evento do setor de transportes.
De acordo com ele, a grande vantagem destes terminais é que eles estão localizados nas margens da BR-163, que, segundo Pelleisone, é a mais importante rodovia do estado, o que eleva a competitividade do modal ferroviário no Estado.
"Com o Projeto Rondonópolis a gente redesenha a logística do Mato Grosso", disse Pelleisone. "Vai virar o maior centro brasileiro, acho, de logística em Rondonópolis." De acordo com o diretor, as áreas de terminais foram loteadas e serão divididas por segmento de negócio, o que reduz a necessidade de ramais ferroviários. "São duas ou três saídas", explica.
O projeto Rondonópolis consiste em um novo trecho entre Alto Araguaia e o município, com cerca de 250 quilômetros, com investimentos totais de 700 milhões de reais.
Argentina
O diretor superintendente da ALL afirmou ainda que a companhia não recebeu nenhuma proposta concreta de interessados em adquirir uma participação na Argentina.
"Sempre fomos procurados por interessados em fazer investimentos no nosso negócio, a Argentina é um negócio que é muito incipiente ainda, mas existem conversas com argentinos que têm interesse em uma participação dentro do nosso negócio. Nada além disso", afirmou.
"Não tem nada de concreto, nada de avançado... a gente não tem nenhuma oferta de ninguém, nem pra participação, nem pra saída, nada".
Sobre a possibilidade de a ALL vender sua participação na Argentina, Pelleisone afirmou que "a gente nunca falou de sair".
Para a companhia, a decisão do governo argentino em reduzir as importações não afeta a empresa, que no país transporta granéis para o Porto de Rosário e minério de ferro por meio de um contrato específico.
Em 15 de março, a ALL comunicou ao mercado que estava conversando com potenciais investidores interessados em adquirir participação nas concessões que a companhia detém na Argentina.
"Esclarecemos que as negociações estão em fase inicial. Até o momento não há nenhum acordo definitivo ou vinculante acerca da referida negociação", disse a empresa na ocasião.