Alexandre Birman assume a presidência da Arezzo
Anderson Birman, fundador da empresa, passou o cargo para o filho Alexandre, de 36 anos, e começou a se concentrar apenas na presidência do conselho da companhia
Da Redação
Publicado em 25 de março de 2013 às 10h25.
São Paulo - Após quase quarenta anos à frente da empresa que criou, Anderson Birman, fundador da Arezzo , é direto ao descrever como foi seu último dia como presidente. "Levei minhas coisinhas, não tenho mais nada lá. Liberei a sala e o poder", diz.
No início do mês, aos 59 anos, ele passou o cargo para o filho Alexandre, de 36 anos, e começou a se concentrar apenas na presidência do conselho da companhia.
A data marca o início de um novo ciclo em uma empresa habituada a mudanças. Nos anos 90, a Arezzo fez sua primeira virada, ao deixar de ser uma indústria de sapatos para se transformar na maior rede varejista de calçados femininos da América Latina.
Em 2007, vendeu 25% do seu capital a um fundo de investimentos e, quatro anos depois, estreou na bolsa de valores.
"Agora, com a troca de comando, a empresa prepara-se para ganhar mais agilidade", diz Anderson.
Hoje a velocidade é o principal atributo num ambiente competitivo. E o Alexandre tem condições de responder muito mais rapidamente ao mercado.
Prova disso, diz o executivo, foi a criação da nova arquitetura das lojas da Arezzo.
Ele havia tentado por cinco anos concluir esse projeto, mas saiu da presidência sem conseguir entregá-lo.
Alexandre, por sua vez, fez o trabalho em meses e inaugurou a primeira nova loja na semana passada, no shopping Iguatemi.
O sucesso da companhia até agora é, portanto, o maior desafio que Alexandre terá de enfrentar. Nos últimos anos, a empresa exibiu um crescimento anual da receita de pelo menos 20%.
Negociados na BM&FBovespa desde fevereiro de 2011, os papéis da Arezzo subiram 118,5% - contra uma queda de quase 20% do Ibovespa até agora. Hoje, a empresa tem um valor de mercado de R$ 3,6 bilhões.
Para continuar crescendo nesse ritmo, Alexandre aposta em certas linhas de ação. Primeiro, continuar a expansão da marca Schutz, que hoje representa 33% da receita do grupo, atrás da Arezzo, com 62%.
Segundo, aumentar o tamanho das lojas da Arezzo e fortalecer a presença da marca nas lojas multimarcas. O e-commerce também é uma estratégia para o crescimento.
As vendas online da Schutz triplicam ano a ano e já representam o dobro do faturamento da maior loja física. A ideia é expandir o modelo para o restante das marcas, explica Alexandre.
Por fim, o novo presidente pretende trabalhar a marca AnaCapri, de sapatos flat (sem salto), ainda em estágio experimental.
São Paulo - Após quase quarenta anos à frente da empresa que criou, Anderson Birman, fundador da Arezzo , é direto ao descrever como foi seu último dia como presidente. "Levei minhas coisinhas, não tenho mais nada lá. Liberei a sala e o poder", diz.
No início do mês, aos 59 anos, ele passou o cargo para o filho Alexandre, de 36 anos, e começou a se concentrar apenas na presidência do conselho da companhia.
A data marca o início de um novo ciclo em uma empresa habituada a mudanças. Nos anos 90, a Arezzo fez sua primeira virada, ao deixar de ser uma indústria de sapatos para se transformar na maior rede varejista de calçados femininos da América Latina.
Em 2007, vendeu 25% do seu capital a um fundo de investimentos e, quatro anos depois, estreou na bolsa de valores.
"Agora, com a troca de comando, a empresa prepara-se para ganhar mais agilidade", diz Anderson.
Hoje a velocidade é o principal atributo num ambiente competitivo. E o Alexandre tem condições de responder muito mais rapidamente ao mercado.
Prova disso, diz o executivo, foi a criação da nova arquitetura das lojas da Arezzo.
Ele havia tentado por cinco anos concluir esse projeto, mas saiu da presidência sem conseguir entregá-lo.
Alexandre, por sua vez, fez o trabalho em meses e inaugurou a primeira nova loja na semana passada, no shopping Iguatemi.
O sucesso da companhia até agora é, portanto, o maior desafio que Alexandre terá de enfrentar. Nos últimos anos, a empresa exibiu um crescimento anual da receita de pelo menos 20%.
Negociados na BM&FBovespa desde fevereiro de 2011, os papéis da Arezzo subiram 118,5% - contra uma queda de quase 20% do Ibovespa até agora. Hoje, a empresa tem um valor de mercado de R$ 3,6 bilhões.
Para continuar crescendo nesse ritmo, Alexandre aposta em certas linhas de ação. Primeiro, continuar a expansão da marca Schutz, que hoje representa 33% da receita do grupo, atrás da Arezzo, com 62%.
Segundo, aumentar o tamanho das lojas da Arezzo e fortalecer a presença da marca nas lojas multimarcas. O e-commerce também é uma estratégia para o crescimento.
As vendas online da Schutz triplicam ano a ano e já representam o dobro do faturamento da maior loja física. A ideia é expandir o modelo para o restante das marcas, explica Alexandre.
Por fim, o novo presidente pretende trabalhar a marca AnaCapri, de sapatos flat (sem salto), ainda em estágio experimental.