Negócios

Airbnb mira grandes eventos com contrato para Olimpíada

Com um contrato oficial para fornecer quartos para os jogos, a Airbnb está lançando um modelo para a solução dos problemas de acomodação em grandes eventos


	Airbnb: empresa vai oferecer no mínimo 20 mil quartos durante os Jogos Olímpicos
 (Divulgação)

Airbnb: empresa vai oferecer no mínimo 20 mil quartos durante os Jogos Olímpicos (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de março de 2015 às 19h49.

Rio de Janeiro - Com um contrato oficial para fornecer quartos para os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, a plataforma online de aluguel de quartos Airbnb está lançando um modelo para a solução dos problemas de acomodação em grandes eventos, disse o co-fundador da empresa Joa Gebbia nesta sexta-feira.

A companhia, fundada há cinco anos por um trio de universitários e hoje uma das start-ups mais bem-sucedidas do Vale do Silício, vai oferecer no mínimo 20 mil quartos durante os Jogos Olímpicos, embora Gebbia afirme que pretende ofertar entre 25 mil e 30 mil quartos até 2016. “Ajudamos as cidades a expandirem sua oferta e fazerem um melhor uso dos recursos que já dispõe”, disse Gebbia em uma entrevista no Rio nesta sexta-feira, após o anúncio da parceria.

No Airbnb, um site em que proprietários podem ofertar o aluguel temporário de quartos e imóveis, os organizadores das Olimpíadas encontraram uma solução para um dos maiores desafios do Rio: a falta de leitos. Ao mesmo tempo, a medida afasta as críticas que costumam ser feitas às organizações de megaeventos, de que forçam as cidades-sede a construírem vários hotéis em poucas semanas.

O Airbnb pagou para se tornar parceiro das Olimpíadas e vai constar na lista de fornecedores de acomodação, com um link na página de compra de ingressos para Rio 2016.

“Quando começamos (nossa candidatura aos Jogos), o maior problema era a acomodação... e começamos com a fé de que resolveríamos o problema de uma maneira ou de outra”, disse Sidney Levy, diretor-geral do comitê Rio 2016, ressaltando que, na época, o Airbnb ainda era uma empresa pequena.

Os organizadores da Olimpíada estão aderindo a uma tendência que já causou uma transformação no turismo, especialmente no Brasil. Durante a Copa do Mundo no ano passado, mais de 100 mil pessoas se hospedaram em quartos listados no Airbnb.

Os locadores arrecadaram em média 4 mil reais durante o Mundial, que durou um mês. O Rio de Janeiro tem sido um dos mercados em que o Airbnb se expande mais rápido, com o número de quartos ofertados saltando de 800 em 2011 para 20 mil hoje.

A cidade tem o quarto maior número de unidades ofertadas, atrás de Paris, Nova York e Londres. Gebbia negou rumores de mercado de que o Airbnb, uma das empresas mais badaladas do Vale do Silício, esteja visando fazer uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

“Não está na mesa de jeito nenhum. O foco é expandir o negócio. Neste momento, esse é o melhor uso que fazemos de nosso tempo”, disse Gebbia.

Acompanhe tudo sobre:Airbnbcidades-brasileirasEmpresasMetrópoles globaisOlimpíada 2016OlimpíadasRio de JaneiroTurismo

Mais de Negócios

Os criadores do código de barras querem investir em startups brasileiras de olho no futuro do varejo

Marca de cosméticos naturais Laces aposta em 'ecossistema' para chegar a 600 salões e R$ 300 milhões

Uma vaquinha de empresas do RS soma R$ 39 milhões para salvar 30.000 empregos afetados pela enchente

Ele fatura R$ 80 milhões ao transformar gente como a gente em palestrante com agenda cheia