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Aeroporto de Congonhas é seguro, diz TAM

Presidente da companhia aérea diz que havia segurança para operações mesmo sem ranhuras no asfalto da pista

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

O presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, disse hoje que a pista do aeroporto de Congonhas é "segura" e descartou que a falta de ranhuras no asfalto tenham causado o acidente com o Airbus A320 que explodiu ontem após derrapar, sair da pista e colidir com um prédio da área de transporte de cargas da empresa.

Recém-reformada, a pista principal de Congonhas foi liberada para utilização sem que tivessem sido incluídas as ranhuras, que reduzem a aquaplanagem e facilitam a frenagem dos aviões. A Infraero (empresa que administra os aeroportos brasileiros) considerou que as ranhuras poderiam ser feitas durante as próximas madrugadas, quando a pista não é utilizada.

Bologna disse que as operações no aeroporto já levavam em consideração essas condições. Ele lembrou que a pista é feita de um asfalto que tem aderência mesmo sem as ranhuras e que seria possível operar com segurança desde que haja menos de três milímetros de água na pista em dias de chuva.

Ele também afirmou que a pista de Congonhas é longa o suficiente para pousos e decolagens do A320. Segundo a fabricante do avião, a européia Airbus, entrentanto, o avião precisa de uma pista de mais de 2 mil metros para pousar em condições ideais, o que não ocorre em Congonhas. A Justiça chegou a proibir a utilização de aviões de grande porte no aeroporto no começo do ano, mas a liminar foi cassada pelo Tribunal Regional Federal.

O presidente da TAM lembrou que o número de operações por hora em Congonhas já chegou a 62, mas foi reduzida atualmente para 48, o que aumentou a segurança. Ele também disse que não foram registrados incidentes ou queixas de pilotos desde a reabertura da pista principal a não ser pela derrapagem de um pequeno avião da companhia Pantanal na última segunda-feira.

O executivo afirmou ainda que os dois comandantes responsáveis pelo vôo JJ 3054 que vinha de Porto Alegre para São Paulo e sofreu o acidente no começo da noite de ontem tinham mais de 13 mil horas de vôos. O comandante Kleyber Lima estava na TAM desde 1987. Já o comandante Henrique Stephanini di Sacco havia sido contratado no começo deste ano, mas tinha vários anos de experiência como piloto da Transbrasil.

Mortos

Além das 186 pessoas que estavam no avião, três funcionários da TAM morreram em solo ao serem atingidos pelo avião, que bateu em edifício da área de transporte de cargas da empresa antes de explodir. Outras cinco pessoas estão desaparecidas e 11 foram hospitalizadas. Até o momento 173 corpos foram resgatados.

Bologna informou que os familiares das dívidas serão indenizados da forma como está prevista na lei e que a empresa havia feito seguro. Ele disse que a empresa vai procurar as famílias de todas as vítimas nos próximos dias e poderá inclusive antecipar as indenizações para que os custos funerários sejam cobertos. Além disso, a empresa vai arcar com custos de hospedagem e alimentação das famílias e já trouxe para São Paulo boa parte dos familiares.

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