Negócios

Aéreas e aeroportos reforçam setor de cargas

A TAM inaugurou, na segunda-feira, 16, um terminal para reforçar sua área de cargas no aeroporto de Guarulhos


	Aviões da TAM e GOL no aeroporto de Guarulhos: além da TAM, outras empresas aéreas como Gol e Azul têm investido no segmento
 (Elza Fiúza/ABr)

Aviões da TAM e GOL no aeroporto de Guarulhos: além da TAM, outras empresas aéreas como Gol e Azul têm investido no segmento (Elza Fiúza/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de março de 2015 às 09h25.

São Paulo - Em meio a um projeto para reforçar sua área de cargas, a TAM inaugurou, na segunda-feira, 16, um terminal no aeroporto de Guarulhos.

O espaço recebeu R$ 38 milhões de investimentos, de R$ 94 milhões que a TAM destinou para a divisão de cargas entre 2013 e 2016.

Além da TAM, outras empresas aéreas como Gol e Azul têm investido no segmento, na tentativa de ocupar os porões das aeronaves nos voos comerciais e ganhar rentabilidade.

A TAM Cargo está investindo em 22 terminais - seis deles construídos do zero, como os de Guarulhos, Manaus e Brasília.

Esses espaços estão recebendo tecnologias como sistemas automatizados, empilhadeiras novas e câmaras frigoríficas.

Em Guarulhos, por exemplo, a estrutura anterior era de lona e não tinha docas para descarregar as mercadorias, o que tornava o processo mais demorado.

Já a Gollog, da Gol, inaugurou oito centros operacionais em 2014 e tem planos de construir terminais de cargas no Galeão e em Brasília.

A Azul também tenta avançar no segmento e colocou um avião cargueiro em operação em 2014.

À frente da operação da TAM Cargo está o brasileiro Luis Quintiliano, ex-vice-presidente de operações da LAN Cargo.

Ele traz para a TAM uma experiência de sucesso da LAN. Na época da fusão de TAM e LAN, os acionistas citavam a área de carga como uma das divisões em que a LAN poderia agregar conhecimento à TAM.

Antes da fusão, a LAN tinha quase 30% da sua receita vinda da área de carga, enquanto o segmento representava menos de 10% dos negócios da TAM. Hoje cerca de 13% da receita do grupo Latam vêm da área de cargas.

"Temos muito espaço para avançar em carga usando a malha atual dos voos da TAM e dos cargueiros", disse Quintiliano.

Concessões

As concessionárias dos aeroportos reformaram seus terminais de carga para ampliar as receitas. Só as donas de Guarulhos e Viracopos investiram, respectivamente, R$ 45 milhões e R$ 60 milhões no segmento desde 2012.

"Investimos para tornar a operação mais eficiente. Não precisamos necessariamente aumentar a área", disse o diretor de operações de cargas de Guarulhos, Marcus Santarém.

Segundo ele, o tempo médio de liberação de uma carga importada caiu de 121 horas para 75 horas após as mudanças no terminal.

Em Viracopos, 60% da receita vêm da operação de carga, segundo Adam Cunha, executivo responsável pela área.

"O transporte de carga é muito mais rentável que o de passageiros. É possível priorizar os produtos que pagam mais", explica.

O transporte aéreo de cargas caiu 10% em janeiro, em toneladas, mas as donas de Guarulhos e Viracopos dizem que as receitas são crescentes.

Segundo as empresas, os clientes estão priorizando cargas com maior valor e menos peso, como fármacos e produtos de tecnologia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:AviaçãoAzulcompanhias-aereasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasGol Linhas AéreasServiçosSetor de transporteTAM

Mais de Negócios

11 franquias mais baratas do que viajar para as Olimpíadas de Paris

Os planos da Voz dos Oceanos, nova aventura da família Schurmann para livrar os mares dos plásticos

Depois do Playcenter, a nova aposta milionária da Cacau Show: calçados infantis

Prof G Pod e as perspectivas provocativas de Scott Galloway

Mais na Exame