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Companhia aérea quebra e deixa 110 mil passageiros sem volta

A Autoridade da Aviação Civil britânica organizará, a pedido do governo, o retorno dos passageiros "presos" no exterior

Monarch: trata-se da empresa aérea britânica mais importante a se declarar na bancarrota até hoje (Darren Staples/Reuters)
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AFP

Publicado em 2 de outubro de 2017 às 08h59.

Última atualização em 2 de outubro de 2017 às 10h40.

Muito usada por turistas, a companhia aérea britânica Monarch declarou falência nesta segunda-feira (2), anulando cerca de 300 mil reservas e deixando 110 mil passageiros no exterior.

Esta é a empresa aérea britânica mais importante a se declarar na bancarrota até hoje, disse a Autoridade da Aviação Civil britânica (CAA), que organizará, a pedido do governo britânico, o retorno ao país dos passageiros no exterior.

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As autoridades vão despachar 30 aeronaves para 30 aeroportos para enfrentar essa situação inédita, enquanto todas as outras reservas propostas por Monarch, voos e estadas, foram anuladas.

Entrevistado pela emissora de rádio BBC 5, o ministro britânico dos Transportes, Chris Grayling, alegou que a companhia "foi vítima de uma guerra de preços no Mediterrâneo".

Grayling disse ter feito contato com dirigentes do setor para que contratem o mais rápido possível os funcionários da empresa. São cerca de 2.100 trabalhadores.

Monarch está agora nas mãos da sociedade KPMG, nomeada administradora do grupo. Em nota, a KPMG explicou que, ao se declarar em falência, a companhia aérea perdeu seu certificado de transporte aéreo.

"Uma pressão cada vez mais significativa sobre os custos e as condições de mercado cada vez mais competitivas nas rotas curtas na Europa fizeram a Monarch registrar perdas durante um longo período", acrescentou a KPMG.

Ainda segundo a KPMG, a declaração de quebra foi às 3h da manhã locais, porque todos os voos da Monarch estavam em terra nesse momento.

Fundada em 1968, Monarch era muito popular entre os veranistas britânicos por seus destinos de sol e praia no sul da Europa, um nicho no qual apareceram fortes concorrentes nas últimas décadas, como Ryanair, Easyjet e Norwegian.

Em outubro de 2016, a companhia recebeu financiamento de seu principal acionista, o fundo de investimento Greybull Capital, o qual injetou 165 milhões de libras.

Essa recapitalização lhe permitiu renovar sua licença por um ano.

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