Negócios

Advogados da Parmalat destruíram documentos, diz FT

O principal escritório de advocacia da Parmalat no mundo, o Zini & Associates, tirou dos seus escritórios de Nova York vários documentos e arquivos de computador relacionados às transações financeiras da empresa semanas antes deles terem sido vistoriados pela polícia de Nova York, segundo declaração de ex-funcionários do Zini ao jornal britânico Financial Times publicada […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

O principal escritório de advocacia da Parmalat no mundo, o Zini & Associates, tirou dos seus escritórios de Nova York vários documentos e arquivos de computador relacionados às transações financeiras da empresa semanas antes deles terem sido vistoriados pela polícia de Nova York, segundo declaração de ex-funcionários do Zini ao jornal britânico Financial Times publicada nesta quinta-feira (5/02).

O Zini foi responsável pela criação do Epicurum, um fundo de investimento de risco no qual a Parmalat tinha cerca de 500 milhões de euros investidos. A revelação desse investimento, em novembro do ano passado, foi o estopim do escândalo da Parmalat.

Segundo o jornal, os funcionários teriam dito que os arquivos de computador tinham informações sobre a Bonlat, a subsidiária da empresa sediada nas Ilhas Cayman. Em dezembro de 2003, a Parmalat assumiu que havia falsificado um documento do Bank of America que comprovava um saldo de 3,95 bilhões de euros na instituição em nome da Bonlat. Esse recursos, declarados como parte da liquidez da empresa, foram utilizados para facilitar a obtenção de crédito.

A polícia de Nova York vistoriou e apreendeu várias caixas de documentos nos escritórios do Zini e enviou parte deles para a polícia italiana, segundo informou o FT. De acordo com ex-funcionários ouvidos pelo jornal, entretanto, outros documentos já haviam sido retirados quando isso aconteceu. Se as acusações se comprovarem, o escritório de advocacia será processado por obstrução da justiça.

A Parmalat era o principal cliente do Zini em Nova York. Há cerca de três semanas, a empresa de advocacia demitiu a maioria dos funcionários em Nova York, Milão e Roma. O fundador do Zini, Gian Paolo Zini, foi preso no mês passado e indiciado em processos abertos nos Estados Unidos contra a Parmalat.

No Brasil, a crise já afeta a operação da subsidiária. Em janeiro, as fábricas passaram a operar com 70% da capacidade produtiva. Neste mês, a produção foi reduzida a cerca de 40%, segundo a empresa.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Negócios

Evento do varejo que começa hoje: BConnected terá case de IA com Nvidia e os 50 anos de Hello Kitty

CFOs do futuro: T&E Summit, da Paytrack, destaca novo papel das lideranças financeiras nas empresas

De Porto Alegre para o mundo: a Elofy traz ao Brasil soluções de RH reconhecidas globalmente

Expansão internacional: Bauducco deve gerar cerca de 600 empregos com nova fábrica nos EUA