Adeus, nota fiscal: Swap, a "fábrica de fintechs", entra para o setor de despesas corporativas
Um novo software de gestão e cartões de crédito prometem facilitar a rotina de startups do setor de despesas corporativas
Maria Clara Dias
Publicado em 8 de julho de 2022 às 09h00.
Na Swap, a proposta de fabricar os componentes por trás da construção de pequenas empresas do setor financeiro, as fintechs, acaba de ganhar uma nova linha de produtos. A empresa, que a priori auxiliava fintechs apenas na emissão de cartões físicos e digitais, está se lançando também no mercado de despesas corporativas.
A proposta é permitir que as fintechs clientes possam colocar de vez os pés em um mercado que movimenta algo em torno de 650 bilhões de reais anualmente no Brasil e que na América Latina recebeu investimentos na casa dos 8 bilhões de dólares em 2021, pelos cálculos da própria Swap. Batizado de Corpway, o novo produto passa a ser oferecido pela startup a partir deste mês.
Segundo Marcelo Schucman, diretor de novos negócios da Swap, o Corpway também surge para atender empresas já habituadas ao setor de despesas corporativas, mas ainda carentes de uma tecnologia de gestão e controle de gastos.
Na lista dos custos reembolsáveis que, muitas vezes, acabam se tornando uma dor de cabeça para empresas de pequeno porte estão os gastos de funcionários com alimentação, transporte, viagens e hospedagens, por exemplo.
A proposta é ir além do cartão corporativo, uma solução que, segundo a Swap, só resolve parte do problema. O que a fintech desenvolveu é uma plataforma de gestão de gastos que promete agilizar e facilitar o dia a dia das empresas que pretendem, na outra ponta, ajudar o RH de seus clientes. A crença é de que há uma oportunidade de mercado que surge a partir da ineficiência dos grandes bancos em não oferecer serviços que vão além do cartão em si.
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É uma lacuna que, de uns anos para cá, passou a ser atendida por pequenas empresas de inovação dedicadas a oferecer softwares para controle de despesas ou cartões corporativos, como é o caso das fintechs Cora e Clara, que oferecem cartões de crédito pós-pagos a PMEs em busca de mais controle financeiro. No caso da mexicana Clara, que recentemente alcançou o status de unicórnio, o gestor de uma empresa pode acrescentar ou reduzir o saldo a todo momento.
Segundo Shucman a nova solução vem para facilitar o trabalho dessas startups, além de ter sido mapeada após um extenso trabalho de ouvidoria com as empresas clientes. “Por um lado as empresas já possuíam ótimas tecnologias e softwares para administrar essas despesas, por outro, elas não recebiam dos bancos os dados necessários para fazer a conciliação detalhada. Foi quando percebemos a oportunidade de desenvolver uma solução de meio de pagamento para verticalizar essa gestão”, afirma.
Com o Corpway, empresas passam a gerenciar e controlar as despesas adaptando saldos, limites e categorias de despesas com uma camada antifraude. Com Corpway é possível criar um cartão virtual de uso único para emergências. Um exemplo está nos imbróglios envolvendo compra de passagens aéreas em cima da hora.
“Nossa missão é possibilitar que essas empresas montem um arcabouço de soluções que melhor atenda o negócio delas”, diz. “Queremos pavimentar o caminho para os nossos clientes”.
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