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Acionista da Portugal Telecom defende operação no País

Lisboa - O presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, afirmou ontem que a Oi não é a única alternativa para o investimento da Portugal Telecom (PT) em telefonia no Brasil. "Pode ser a Oi, mas há outras alternativas. Espero que essa decisão venha a acontecer rapidamente. A informação que eu tenho é que […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Lisboa - O presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, afirmou ontem que a Oi não é a única alternativa para o investimento da Portugal Telecom (PT) em telefonia no Brasil. "Pode ser a Oi, mas há outras alternativas. Espero que essa decisão venha a acontecer rapidamente. A informação que eu tenho é que a Oi tem um grandíssimo potencial", disse, comentando a notícia publicada no jornal espanhol "El Economista" de que a empresa portuguesa poderia comprar entre 30% e 40% da Oi. O BES é um dos acionistas da Portugal Telecom.

Segundo Salgado, a solução para o problema entre a Portugal Telecom e a Telefónica está nas mãos do governo português, que possui golden share (ação com poder de veto) na PT. A Telefónica fez uma oferta de 7,15 bilhões de euros pela participação da PT na associação Brasilcel, que controla 60% da Vivo no Brasil. Em junho, 74% dos acionistas da PT votaram a favor da venda da participação, mas o governo de Portugal vetou o negócio, por meio de golden share. "O problema surgiu porque o Estado português utilizou a golden share. Então, a chave está nas mãos do Estado português", disse Salgado, na coletiva de apresentação de resultados do BES.

Sem criticar diretamente, ele afirmou que a melhor saída para a questão é as duas empresas negociarem, para encontrar uma solução que agrade ao governo português. "Julgo que a Telefónica está no direito de atuar da forma que mais defenda os seus interesses. Acredito que os acionistas da Telefónica também devem pensar como eu, que a melhor forma de ganharem valor é sentar-se à mesa e negociar." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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