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Aché compra laboratório Tiaraju e avança em fitoterápicos

Com a operação, ela passa a integrar 12 novos produtos a seu portfólio


	Aché: com aquisição, empresa entrará no segmento de cosméticos à base de nutrientes
 (Lailson Santos/EXAME.com)

Aché: com aquisição, empresa entrará no segmento de cosméticos à base de nutrientes (Lailson Santos/EXAME.com)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 11 de julho de 2016 às 16h00.

São Paulo - A farmacêutica Aché acaba de comprar o laboratório gaúcho Tiaraju, voltado à produção de medicamentos fitoterápicos.

O valor da aquisição não foi divulgado. A empresa afirmou apenas que o montante está dentro dos investimentos previstos para 2016, que devem totalizar 160 milhões de reais.

Com a operação, ela passa a deter as marcas de 12 novos remédios.

"Isso possibilitará ao laboratório buscar a liderança neste segmento, por meio de lançamentos de produtos diferenciados que completarão nosso portfólio inovador, que é reconhecido por médicos e pela população", disse Paulo Nigro, presidente da companhia, em nota.

"Nossa equipe está totalmente focada em colocar a serviço do Aché nossa expertise em mais de 25 anos no segmento, desenvolvendo produtos inovadores e de alta qualidade”, completou Antonio Rigon, fundador do Laboratório Tiaraju.

De acordo com dados fornecidos pela Aché, o mercado de produção de medicamentos à base de plantas movimentou 1,1 bilhão de reais no Brasil em 2015.

Com a compra, a empresa também deve lançar oito novos nutracêuticos, compostos de nutrientes que agem como remédios, até o ano que vem. A estratégia vai possibilitar que ela dobre o faturamento nesse nicho, ampliando sua participação em um mercado de 1,3 bilhão de reais.

Além disso, o investimento no Tiaraju vai possibilitar a entrada da Aché no segmento de nutricosméticos que, segundo ela, movimenta 360 milhões de reais no país.

"Lançaremos, a partir do início de 2017, uma linha completa de nutricosméticos, trazendo produtos com formulações inovadoras", disse Nigro.

Histórico

A Aché começou a fazer pesquisas com plantas em 1980. Em 2005, lançou o Acheflan, primeiro fitomedicamento 100% desenvolvido no país, de acordo com a farmacêutica.

Ela entrou no setor de nutracêuticos em 2011, quando firmou parceria com a inglesa Oxford Pharmascience para trazer suplementos alimentares ao país. Hoje, estão em seu portfólio os rótulos Inellare, Cativa, Collestra e Dose D, por exemplo.

A companhia brasileira trem quatro complexos industriais: em Guarulhos (SP), São Paulo (SP), Londrina (PR) e Anápolis (GO). Ela possui quase 4.500 colaboradores e fabrica 316 marcas de 762 tipos de remédio.

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