Negócios

Abril poderá ser pior mês de vendas, mas Citroën e Peugeot crescem até 63%

Previsão indica que resultado pode ser o pior desde junho; Brasil se manteve como oitavo maior produtor em 2020

Crescimento: Citroën teve aumento de 63,6% nas primeiras semanas de abril (Citroën/Divulgação)

Crescimento: Citroën teve aumento de 63,6% nas primeiras semanas de abril (Citroën/Divulgação)

GA

Gabriel Aguiar

Publicado em 27 de abril de 2021 às 12h07.

Última atualização em 27 de abril de 2021 às 22h54.

Crescimento: Citroën teve aumento de 63,6% nas primeiras semanas de abril (Citroën/Divulgação)

Pelo que indicam os números preliminares, o mês de abril pode ter o pior resultado de vendas de carros e comerciais leves em quase um ano. Isso porque, de acordo com dados da Agência Autoinforme, foram apenas 117.794 emplacamentos até a última sexta-feira (23). Sendo assim, a previsão é de que chegue a aproximadamente 157 mil unidades até o fim desta semana.

Esse desempenho deverá superar apenas junho do ano passado, quando, por conta das paralisações em abril e maio em meio à pandemia do novo coronavírus, foram vendidos 122.772 veículos leves. É uma situação semelhante à que o mercado brasileiro voltou a enfrentar nas últimas semanas, com aumentos nos casos de Covid-19 e linhas de montagem interrompidas.

As melhores oportunidades podem estar nas empresas que fazem a diferença no mundo. Veja como com a EXAME Invest Pro

Por enquanto, a expectativa dos fabricantes é de que haja reação nos próximos dias, com melhor ritmo de vendas para livrar abril da posição de pior mês deste ano. Esse título pertence a fevereiro, que, com apenas 19 dias úteis, emplacou 158.237 unidades. Já março esboçava melhora, com 13,1% de aumento em relação ao mês anterior e 189.405 veículos comercializados.

Entretanto, algumas marcas tiveram resultados acima da média nas últimas três semanas, como a dupla Citroën e Peugeot, que cresceu 63,6% (1.119 unidades) e 36,8% (1.149), respectivamente. Já a Volvo, com o terceiro maior aumento, vendeu 30% mais e fechou o período com 464 emplacamentos. Por fim, Mitsubishi, Jeep e Caoa Chery também ficaram acima dos 20%.

"Mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia, as marcas estão, desde março, implementando novas e diferentes ações comerciais. E as concessionárias tiveram papel fundamental nisso. As ações têm dado resultado e ambas já registraram maior participação no mercado brasileiro durante este período", diz André Montalvão, diretor de operações comerciais de Citroën e Peugeot no Brasil.

Mesmo com o contexto desfavorável – somente em março, 30 fábricas foram paralisadas parcialmente ou totalmente em seis estados, sendo que a Fiat anunciou nova interrupção e férias coletivas há quase duas semanas –, o Brasil se manteve como oitavo maior produtor de veículos do mundo, de acordo com a Organização Internacional de Construtores de Automóveis (OICA).

Com queda de 2% no volume, a China se manteve à frente e responde a 33% de todo mercado mundial (foram 25,2 milhões de veículos feitos). Em seguida, os EUA produziram 8,8 milhões e o Japão 8 milhões em 2020. Nosso país, apesar da queda de 31%, enquanto a média global foi de 16%, fez 2 milhões de veículos, suficiente para ficar à frente de Rússia e também Canadá.

Quais são as tendências entre as maiores empresas do Brasil e do mundo? Assine a EXAME e saiba mais.

Acompanhe tudo sobre:CarrosVeículosVendas

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia