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Abilio Diniz deve renunciar à presidência do conselho da BRF

Com isso, Luiz Fernando Furlan deve assumir o posto interinamente

Abilio Diniz: empresário deve renunciar à presidência do conselho já nesta quinta-feira, 5, aproveitando reunião já convocada do grupo (Germano Lüders/Exame)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de abril de 2018 às 18h05.

Última atualização em 3 de abril de 2018 às 18h26.

São Paulo - Após longa negociação com os fundos de pensão do Banco do Brasil (Previ) e da Petrobras (Petros), Abilio Diniz concordou em deixar o comando do conselho de administração da BRF , dona das marcas Sadia e Perdigão, em troca de mudanças na composição do novo colegiado.

O empresário deve renunciar à presidência do conselho já nesta quinta-feira, 5, aproveitando reunião já convocada do grupo, segundo três pessoas próximas aos fundos e ao empresário.

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Com isso, Luiz Fernando Furlan deve assumir o posto interinamente, conforme acordo feito com as duas entidades. Procurados, Abilio Diniz, Petros, Previ e Luiz Furlan não quiseram comentar.

Petros e Previ são os maiores acionistas individuais da BRF, que possui capital pulverizado em bolsa e não tem controle definido.

No final de fevereiro, os dois fundos enviaram carta à companhia de alimentos pedindo a realização de uma assembleia extraordinária e a destituição do atual conselho de administração, liderado por Abilio Diniz.

Em seguida, Petros e Previ anunciaram a composição de uma chapa para substituir o atual colegiado. Nela, não constava o nome de Abilio ou de aliados seus no atual conselho. Minoritários, como a gestora estrangeira Aberdeen e a brasileira JGP, indicaram apoio ao pleito dos fundos, enfraquecendo a posição de Abilio.

Conhecido por não fugir de disputas societárias, Abilio optou então desta vez pela saída negociada. Escalou Eduardo Rossi, executivo da Península, para buscar com dirigentes de Petros e Previ uma solução para o conflito.

O acordo em andamento com os fundos envolve a saída de Abilio Diniz do conselho de administração, mas a inclusão de dois nomes escolhidos por ele na chapa - sua sócia Flávia Almeida e um segundo executivo de mercado.

Em troca, deixariam da relação de nomes para o novo colegiado os executivos Guilherme Afonso Ferreira e Roberto Funari.

Abilio gostaria ainda que Francisco Petros, representante da Petros no conselho, também fosse substituído. Mas o fundo quer mantê-lo.

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