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ABB aposta na retomada econômica no Brasil e busca contratos

Na semana passada, a empresa assinou contrato para fornecer transformadores para o segundo linhão de transmissão da hidrelétrica de Belo Monte

ABB: presidente da filial brasileira também mira em oportunidades nas áreas de mineração, petróleo e gás, portos, rodovias e ferrovias (Gianluca Colla/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 19 de janeiro de 2017 às 14h36.

Rio de Janeiro - A companhia suíça de engenharia ABB acredita na retomada da economia brasileira e planeja investimentos no país, especialmente no setor de energia elétrica, e busca novos contratos, afirmou à Reuters o presidente da empresa para o Brasil, Rafael Paniagua.

Na semana passada, a suíça assinou contrato de 75 milhões de dólares para fornecer transformadores conversores para o segundo linhão de transmissão da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e já está de olho nos próximos leilões que deverão oferecer concessões para construção de novas linhas de transmissão.

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"Quando olhamos para o Brasil, nos próximos 12, 18 e 24 meses, nós somos otimistas, nós acreditamos principalmente na área de infraestrutura", afirmou Paniagua, explicando que a empresa tem cinco fábricas de equipamentos no Brasil.

O executivo está otimista em relação aos futuros leilões de linhas de transmissão, devido ao bom resultado da última licitação, que atraiu grande competição após o governo elevar as taxas de retorno.

"O leilão de 2016 fez muito sucesso e tem que ser executado em 2017 e 2018; e nós estamos bem posicionados com nossos parceiros de negócios", frisou.

O executivo também vislumbra oportunidades nas áreas de mineração, petróleo e gás, portos, rodovias e ferrovias.

A empresa desenvolve tecnologia em produtos para eletrificação, robótica e automação industrial, servindo clientes industriais, concessionárias, transporte e infraestrutura.

Mineração e Petróleo

A ABB foi a segunda maior fornecedora de equipamentos do maior projeto de minério da Vale, a mina S11D, em Canaã dos Carajás (PA), que entrou em operação comercial na semana passada, atrás apenas da Thyssenkrupp.

Paniagua acredita que as inovações aplicadas no projeto, cujo valor do contrato anunciado em 2012 era de 140 milhões de dólares, sejam uma vitrine para que novos contratos no setor de mineração sejam atraídos.

"Hoje no Brasil, por enquanto, não existe um projeto comparado com essa dimensão. Mas somos otimistas que possivelmente em 2017 possa existir alguma ativação de projetos que estão em estudos para que possamos participar", afirmou.

Sobre o setor de óleo e gás, o presidente da ABB destacou que o incentivo do atual governo para a atração de outras petroleiras multinacionais ao país, com aumento da competitividade, deverá estimular novos negócios.

Segundo ele, grandes projetos, como a área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, devem atrair grandes investimentos a partir deste ano e do próximo.

"Temos conteúdo local, ao mesmo tempo temos plantas em 120 países do mundo então podemos atender bem tanto a Petrobras quanto novos players que estão chegando ao setor de óleo e gás no Brasil, todos eles são grandes clientes da ABB em nível mundial", afirmou.

O executivo afirmou que permanece investindo no país em ritmo semelhante ao ocorrido entre 2010 e 2015, quando foram aportados cerca de 200 milhões de reais.

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