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A regra é clara 1%

A Fundação Orsa atua nas áreas de saúde, educação e promoção social. Em 2003, seu orçamento deve atingir 13 milhões de reais. No ano passado, contou com 9,8 milhões de reais. O Grupo Orsa contribuiu com 8 milhões (o resto veio de parcerias e doações). Segundo Sérgio Amoroso, presidente do Grupo Orsa, não foi -- […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

A Fundação Orsa atua nas áreas de saúde, educação e promoção social. Em 2003, seu orçamento deve atingir 13 milhões de reais. No ano passado, contou com 9,8 milhões de reais. O Grupo Orsa contribuiu com 8 milhões (o resto veio de parcerias e doações). Segundo Sérgio Amoroso, presidente do Grupo Orsa, não foi -- e ainda não é -- nada fácil convencer a todos de que vale a pena comprometer 1% do faturamento em investimentos sociais, independentemente do lucro ou do prejuízo.

Por que o Grupo Orsa decidiu criar uma fundação?

Ela foi criada apenas com boa intenção. Eu realmente não sabia aonde o projeto ia parar. A primeira iniciativa foi justamente o Projeto Formação. Em 1996, concluímos que não iríamos conseguir realizar nossos objetivos sem planejamento, profissionalização e uma projeção consistente de orçamento. No ano seguinte, decidimos destinar à fundação 1% do nosso faturamento bruto anual.

O que acontece com esse investimento se o grupo tem prejuízo?

Não muda nada. O orçamento da fundação é fixo, independe do resultado da empresa. Já fui muito criticado por isso, principalmente por bancos. Neste ano, por exemplo, vamos fechar no vermelho. Mas minha empresa não pode depender de 1% do faturamento para dar certo ou errado. Logo depois de contratar nosso diretor financeiro, já o avisamos que os gastos com a fundação não estão em pauta, independentemente da crise. Gostaríamos de investir até mais na fundação, mas é preciso ter juízo para não exagerar e comprometer a situação do grupo todo.

Qual a meta do Projeto Formação?

Tentamos mostrar que o Formação pode tornar-se uma política pública. Há três anos decidimos que todos os nossos projetos deveriam poder ser aplicados em grande escala e virar programas nacionais. Isso já acontece com o Método Mãe Canguru, voltado para o aleitamento materno e para o cuidado com recém-nascidos de baixo peso ou prematuros. Foi implantado pelo Ministério da Saúde em todo o país.

Quais são as principais novas iniciativas da Fundação Orsa para a cidade de São Paulo?

Estamos negociando com a prefeitura de São Paulo formas de baixar o custo e aumentar a eficiência da educação infantil. Também estamos discutindo como incluir melhor os deficientes nas escolas. Estamos levantando o número de abrigos para saber quantas são as crianças órfãs e abandonadas na capital. No fim de setembro, assinamos uma carta de intenções para erguer o Instituto de Pediatria da Unifesp (Universidade Federal do Estado de São Paulo), na Vila Clementino. A idéia é criar um ambiente leve para receber crianças doentes, com brinquedoteca, palhaços e atividades. A construção do edifício de 13 andares exigirá cerca de 45 milhões de reais. Vamos entrar com uma pequena parcela disso, e já estamos em busca de parcerias.

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