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A posição da JAC Motors sobre o IPI, em cinco respostas de Sérgio Habib

Presidente da JAC Motors do Brasil ainda espera flexibilização das medidas adotadas pelo governo

Sérgio Habib, da JAC: o que ele vai dizer para os chineses agora? (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2011 às 19h01.

São Paulo – O aumento do IPI sobre os veículos importados foi uma medida “desnecessária”, já que os modelos atingidos representam apenas 3% do mercado brasileiro. A avaliação é de Sérgio Habib, presidente da JAC Motors do Brasil.

O empresário lembra que os importadores chineses contribuem pouco para eventuais desequilíbrios da balança comercial brasileira. Segundo ele, entre janeiro e julho, o montante de importações de veículos chineses somou 300 milhões de dólares. No mesmo período, as montadoras instaladas no Brasil remeteram 3,17 bilhões de dólares em lucros e dividendos para suas matrizes.

Habib também não perdeu a esperança de construir uma fábrica no Brasil, e embarca para a China nesta semana para explicar o que houve nos últimos dias por aqui. Antes, porém, respondeu a cinco questões por e-mail para EXAME.com. Veja a seguir.

EXAME.com - A JAC Motors mudou de posição sobre o aumento do IPI? Por quê?
Sérgio Habib -
Permanecemos em negociação com o governo para buscar medidas que possibilitam a vinda da JAC Motors. Além disso, precisamos ter condições econômicas de desenvolver a rede antes da chegada da fábrica.

EXAME.com - O senhor afirmou que, da forma como a medida está redigida, inviabiliza os planos da fábrica. O que precisa ser revisto para que a fábrica volte a ser viável?
Habib -
Precisamos desenvolver toda a cadeia de fornecedores. Trata-se de um processo gradual. Não se obtém 65% de conteúdo nacional logo no começo.

EXAME.com - Como o senhor interpreta a decisão do governo de elevar o IPI dos importados?
Habib -
A medida foi desnecessária. Os carros importados que concorrem com a produção nacional representam 3,3% do mercado total. Os outros importados não competem. A JAC Motors, por exemplo, tem apenas 1% de market share, mas serve de referencial de preços, oferecendo produtos completos a preços competitivos.

EXAME.com - O que o senhor vai propor em sua reunião com a matriz da JAC, na China, na próxima semana?
Habib -
Faz parte da minha rotina viajar à China uma vez por mês. Nesta visita, estão previstas conversas com o governo pra tentar explicar as medidas protecionistas aplicadas na semana passada.

EXAME.com - Caso o governo seja irredutível em relação ao IPI, que mudanças estratégicas a JAC fará no Brasil?
Habib -
Não estamos avaliando esse cenário desde já. Temos um volume de estoque que nos permite trabalhar sem alterações nos preços durante as próximas semanas. Depois disso vamos trabalhar nos novos posicionamentos.

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São Paulo – O aumento do IPI sobre os veículos importados foi uma medida “desnecessária”, já que os modelos atingidos representam apenas 3% do mercado brasileiro. A avaliação é de Sérgio Habib, presidente da JAC Motors do Brasil.

O empresário lembra que os importadores chineses contribuem pouco para eventuais desequilíbrios da balança comercial brasileira. Segundo ele, entre janeiro e julho, o montante de importações de veículos chineses somou 300 milhões de dólares. No mesmo período, as montadoras instaladas no Brasil remeteram 3,17 bilhões de dólares em lucros e dividendos para suas matrizes.

Habib também não perdeu a esperança de construir uma fábrica no Brasil, e embarca para a China nesta semana para explicar o que houve nos últimos dias por aqui. Antes, porém, respondeu a cinco questões por e-mail para EXAME.com. Veja a seguir.

EXAME.com - A JAC Motors mudou de posição sobre o aumento do IPI? Por quê?
Sérgio Habib -
Permanecemos em negociação com o governo para buscar medidas que possibilitam a vinda da JAC Motors. Além disso, precisamos ter condições econômicas de desenvolver a rede antes da chegada da fábrica.

EXAME.com - O senhor afirmou que, da forma como a medida está redigida, inviabiliza os planos da fábrica. O que precisa ser revisto para que a fábrica volte a ser viável?
Habib -
Precisamos desenvolver toda a cadeia de fornecedores. Trata-se de um processo gradual. Não se obtém 65% de conteúdo nacional logo no começo.

EXAME.com - Como o senhor interpreta a decisão do governo de elevar o IPI dos importados?
Habib -
A medida foi desnecessária. Os carros importados que concorrem com a produção nacional representam 3,3% do mercado total. Os outros importados não competem. A JAC Motors, por exemplo, tem apenas 1% de market share, mas serve de referencial de preços, oferecendo produtos completos a preços competitivos.

EXAME.com - O que o senhor vai propor em sua reunião com a matriz da JAC, na China, na próxima semana?
Habib -
Faz parte da minha rotina viajar à China uma vez por mês. Nesta visita, estão previstas conversas com o governo pra tentar explicar as medidas protecionistas aplicadas na semana passada.

EXAME.com - Caso o governo seja irredutível em relação ao IPI, que mudanças estratégicas a JAC fará no Brasil?
Habib -
Não estamos avaliando esse cenário desde já. Temos um volume de estoque que nos permite trabalhar sem alterações nos preços durante as próximas semanas. Depois disso vamos trabalhar nos novos posicionamentos.

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