ELON MUSK: presidente da Tesla promete 500.000 veículos entregues até 2018 / Getty Images
Da Redação
Publicado em 22 de fevereiro de 2017 às 06h49.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h39.
A fabricante de veículos elétricos mais badalada do mercado, a Tesla, apresenta hoje seus resultados para o último trimestre de 2016. A companhia californiana está num período especialmente movimentado e terá muita coisa para explicar aos seus investidores. Para começar, analistas esperam um prejuízo (mais um) de 160 milhões de dólares para o período. A receita deve ser de 2,19 bilhões, comparada a 1,75 bilhão no mesmo trimestre de 2015.
As ações da Tesla dispararam mais de 60% desde o final de novembro, e chegaram próximas ao máximo histórico de 279 dólares, com um valor de mercado de 45 bilhões, e devem continuar subindo. Uma conjunção de fatores joga a favor. Primeiro, a eleição de Donald Trump fez parecer que companhias que produzem nos Estados Unidos, como a Tesla, podem ser beneficiadas de alguma forma pelas políticas restritivas do governo. A proximidade do presidente da empresa, Elon Musk, e Trump também agrada o mercado.
Mas o que anima mesmo os investidores é a possibilidade de, enfim, a Tesla vender carros elétricos para a massa. A promessa é o novo Model 3, que Musk garantiu começar a produzir em julho e a vender – inclusive no Brasil – em 2018. O carro deve chegar ao mercado por 35.000 dólares, um preço ainda salgado, mas muito mais em conta que os 75.000 do Model S, o mais vendido da empresa até agora. Até 2018, a Tesla quer ter vendido 500.000 veículos no total.
A Tesla combina três negócios. Além dos carros elétricos, também faz armazenamento de energia e fabricação de baterias. Esse também será o primeiro resultado trimestral depois que a companhia adquiriu a SolarCity, especializada em energia solar. Analistas ainda estão receosos com o quanto a empresa pode agregar ao negócio da Tesla e alguns afirmam que ela traz um risco desnecessário ao negócio. Também existe dúvida quanto aos prazos para a entrega dos veículos, vistos como apertados. Perder prazos, aliás, é uma constante na Tesla. Mas nem isso tem desanimado os investidores.