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Por que a Usiminas está no rumo certo para sair do vermelho

Pelo terceiro trimestre consecutivo, siderúrgica conseguiu reduzir as perdas e afirmou que está retomando a competitividade


	Produção de bobinas galvanizadas da Usiminas: companhia tem diversificado o portfólio de produtos
 (Nelio Rodrigues/Agência Primeiro Plano/Veja)

Produção de bobinas galvanizadas da Usiminas: companhia tem diversificado o portfólio de produtos (Nelio Rodrigues/Agência Primeiro Plano/Veja)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 26 de julho de 2013 às 13h38.

São Paulo – A Usiminas já viveu momentos de glória no passado. Nos últimos anos, no entanto, vem enfrentando uma série de problemas, tanto que, em 2012, chegou a fazer parte da lista das 20 empresas com os maiores prejuízos na América Latina, com perdas de mais de 530 milhões de reais. Agora, a siderúrgica começou a dar sinais de recuperação e a mostrar que está no caminho certo para sair do vermelho.

No segundo trimestre, a Usiminas registrou prejuízo de 22 milhões de reais. O montante é 100 milhões de reais menor na comparação com o trimestre anterior. “Estamos retomando a competitividade, buscando uma performance operacional mais eficiente e, a cada período, estamos conseguindo avançar gradativamente, embora com uma receita estável, vamos começar a trazer resultados melhores”, afirmou Julián Eguren, presidente da companhia, em teleconferência com analistas e investidores, nesta sexta-feira. 

Veja, a seguir, cinco sinais que indicam que a Usiminas pode estar entrando no eixo novamente:

Prejuízo cada vez menor

No último trimestre do ano passado, a Usiminas apresentou ao mercado uma perda muito maior do que era esperada, de 283 milhões de reais. Neste trimestre, no entanto, o prejuízo foi 92% menor na comparação com o período.  Por se tratar de uma companhia de capital aberto, a Usiminas não faz projeções sobre se conseguirá ou não sair do vermelho ainda neste ano, mas, segundo  Eguren, não há sinais de que as coisas possam piorar para a companhia daqui para frente. 

Margem ebitda maior

Além do prejuízo menor, outro indicador importante e que confirma que a Usiminas está se recuperando é a margem ebitda, que atingiu 13,6% no segundo trimestre, quase o dobro do percentual registrado um ano antes pela companhia. “Retomamos os dois dígitos da nossa margem. Esse é o melhor número apresentado nos últimos 33 meses”, afirmou Ronald Seckelmann, vice-presidente de finanças e relações com investidores da companhia.


Investimento bilionário para 2013

Outro indício que comprova a saúde financeira de uma empresa é o plano de investimento. Para este ano, a Usiminas planeja investir cerca de 1,2 bilhão de reais. No primeiro semestre do ano, a companhia já  investiu 435 milhões de reais e planeja para os próximos meses aportar pelo menos mais 800 milhões de reais. 

Vendas internas maiores

As vendas totais da Usiminas no segundo trimestre ficaram estáveis em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado. No mercado interno, no entanto, a companhia conseguiu crescer 16,5%, graças, principalmente, pela composição maior de seu portfólio, somente as vendas de chapas grossas cresceram 37,2% no período. O Brasil respondeu por mais de 90% das vendas da Usiminas e, segundo Seckelmann, esse patamar deve continuar acima de 80% nos próximos trimestres.

Mix de produtos

A Usiminas quer deixar de ser uma produtora e comercializadora de aço para se tornar uma empresa de soluções em aço, afirmou Seckelmann.  Por isso, diversificar o nosso portfólio é tão importante. “A Usiminas está desenvolvendo uma estratégia para desenvolver produtos de maior valor agregado e estamos na direção certa”, disse o executivo.

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