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4 empresas que foram para o exterior (e o que aprender com elas)

Os erros e os acertos de quem levar seus negócios para outros países

(Getty Images)

Tatiana Vaz

Publicado em 17 de fevereiro de 2012 às 05h24.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h26.

São Paulo – Se criar, manter e lucrar com uma empresa no seu país de origem é difícil, quem dirá desbravar negócios em terras estrangeiras, de costumes desconhecidos e diferentes. Há quem, ainda assim, tente – e consiga ótimos resultados com isso. Mas, claro, isso depois de adotar uma estratégia eficiente o bastante para agradar os consumidores, sem esquecer a essência de gestão que fez a empresa chegar até lá. A seguir saiba mais sobre a história de algumas dessas empresas e seus respectivos segredos para garantir o sucesso da empreitada de conquistar os estrangeiros – e o passo para trás de uma delas que resolveu, indo para fora, que o Brasil é o seu foco. Clique nas fotos para ver quais são.
  • 2. Giraffas: pesquisa detalhada

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    Em meados de 2009, o empresário Cláudio Miccieli, um dos donos da cadeia de fast-food Giraffas, pediu ao filho e gerente de novos mercados da rede, Cláudio Miccieli Júnior, que fosse trabalhar como garçom, balconista e cozinheiro em restaurantes da Flórida por um ano. Em vez de soar estranho, como uma afronta, o pedido foi seguido com afinco pelo herdeiro, como uma missão e tanto a ser cumprida. Afinal de contas, era com base naquela pesquisa que o Giraffas abriu sua primeira filial nos Estados Unidos, na Flórida, em junho – a primeira estrangeira foi aberta no Paraguai, em dezembro de 2010. O desafio da brasileira foi entender como funcionava todo o trâmite de um negócio no Tio Sam, incluindo a parte tributária e administrativa, além de gestão de pessoas. Com o primeiro passo dado, o plano agora é de multiplicar as lojas lá fora – até 2014, 15% do faturamento da rede, hoje com 360 pontos de venda no Brasil, deve vir das franquias internacionais.
  • 3. Fisk: expansão latina

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  • Desde que abriu sua primeira escola na capital paulista, a rede de ensino de idioma Fisk já multiplicou suas unidades – dentro e fora do país. A empresa possui cerca de mil escolas espalhadas por todo o Brasil e, há 25 anos, resolveu expandir a atuação para o estrangeiro. Hoje já está em seis países: Estados Unidos, Japão, Angola, Paraguai, Bolívia e Argentina (onde possui 82 unidades, maior número entre as operações estrangeiras). Para atuar em tantos lugares distintos, a Fisk teve de adaptar o material e a metodologia de ensino à realidade cultural do país onde a unidade está instalada. No Japão, por exemplo, as nove escolas da rede ministram aulas apenas aos domingos.
  • 4. Fogo de chão: treinamento gaúcho

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    Criada em 1979 na capital gaúcha, a rede de churrascarias Fogo de Chão demorou apenas seis anos para abrir suas primeiras churrascarias pelo país. Hoje, com nove restaurantes, três deles nos Estados Unidos, a empresa mostrou que é possível cair no gosto tanto dos brasileiros quanto estrangeiros com o mesmo serviço. Para seguir com a missão de levar o churrasco gaúcho para outros lugares, sem abrir franquias, a Fogo de Chão apostou em treinamentos de mais de 500 horas para os mais de 600 funcionários. Nele, os futuros garçons da rede aprendem tudo sobre os tipos de carnes e cortes, lições sobre vinhos e noções de nutrição. Isso sem contar as aulas de inglês e, claro, o paladar e interesse apurados por churrasco.
  • 5. Habib´s: gestão à distância nunca mais

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    A ambição e esforço de Alberto Saraiva, fundador da Rede Habibs, fez com que ele transformasse a pequena padaria de seu pai em uma das maiores redes de fast-food do país – mas nada suficiente para satisfazer seus sonhos de expansão do empresário. Tanto que, a partir de 2001, ele investiu na abertura de oito lojas próprias no México. No início, filas se formavam para experimentar a novidade gastronômica árabe na terra das tortillas. O fato é que, com o tempo, as receitas das lojas minguaram e Saraivam desistiu da conquista mexicana. As lojas, que tiveram investimento de cerca de 5 milhões de reais para a abertura, foram vendidas e os planos de levar a marca para Estados Unidos e até China, adiados. Na época, o empresário admitiu que era difícil manter bons administradores brasileiros no México e que errou ao não ter planejado a expansão por meio de parceiros locais. Em contrapartida, concentrou os investimos no Brasil, por exemplo, com a criação na rede de comida italiana Ragazzo.
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