30 homens e mulheres de negócios que saíram de cena em 2012
Veja quem são os executivos e empresários que esvaneceram neste ano, seja pelo fraco desempenho de sua gestão, razões pessoais, aposentadoria ou até mesmo uma fatalidade
Daniela Barbosa
Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 06h56.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h12.
São Paulo - Em fevereiro deste ano, depois de seis anos na função, José Sérgio Gabrielli deixou a presidência da Petrobras e partiu para novos desafios. Com a saída do executivo - que pretendia seguir carreira política - Graça Foster foi escolhida a primeira mulher no comando da estatal.
O ano de 2012 não foi dos melhores o Citigroup - que amargou prejuízos durante os trimestres e, por isso, Vikram Pandit não conseguiu permanecer como CEO do grupo financeiro. O executivo estava na função desde 2007 e foi substituído, em outubro deste ano, por Mike Corbat, que tem para o próximo ano, a difícil missão de salvar a companhia.
Em novembro, a NII Holdings, controladora americana da Nextel , anunciou a saída de Sérgio Chaia do comando das operações da companhia no Brasil. Dias antes, a operadora havia culpado o Brasil pelo fraco desempenho obtido pela Nextel no terceiro trimestre. Chaia, que recentemente lançou um livro, afirmou que só vai procurar um novo emprego a partir de 2013.
Em abril deste ano, Brian Dunn renunciou ao cargo de CEO da Best Buy. Em um primeiro momento, a saída dele foi justificada pelo período crítico que a maior varejista de produtos eletrônicos dos Estados Unidos enfrentava. Mas outra razão veio à tona: Dunn estava sendo investigado por conduta pessoal. O executivo foi acusado de manter uma relação extraprofissional com uma funcionária 20 anos mais nova que ele. Na ocasião, a Best Buy chegou a afirmar que a postura de Dunn não tinha nenhuma relação com as operações da empresa e controles financeiros. Em agosto, a varejista americana anunciou o nome de Hubert Joly para ocupar a cadeira de presidente da empresa.
A razão de Fernando Cavendish, dono da Construtora Delta , se afastar dos holofotes do mundo dos negócios é bem peculiar. O empresário pediu afastamento de suas funções na companhia porque a Delta foi investigada por manter ligações com o contraventor Carlinhos Cachoeira. Em abril deste ano, Cavendish abriu mão da presidência do conselho de administração da própria companhia. Na ocasião, segundo comunicado divulgado pela construtora, o afastamento de Cavendish teria o objetivo de tornar isenta a investigação do caso Cachoeira.
Em novembro foi a vez de George Entwistle, diretor geral da BBC sair de cena. O executivo renunciou ao cargo após a emissora pública britânica veicular a acusação equivocada de que um ex-político abusava sexualmente de crianças. "Como diretor geral da BBC, eu sou o responsável por todo o conteúdo, assim como o editor-chefe, e, por isso, decidi que a coisa mais honrosa a fazer é renunciar", disse ele na ocasião. Entwistle assumiu o cargo em setembro e logo em seguida passou a enfrentar uma das maiores crises na história da BBC, financiada por uma taxa de licença paga por telespectadores.
Em novembro, a Suzano Papel e Celulose anunciou a troca de seu comando e Antonio Maciel, no cargo de CEO desde 2005 vai deixar a companhia no final do mês. O executivo foi substituído por Walter Schalka, que deixa a presidência da Votorantim Cimentos para assumir o posto.
Neto, no entanto, é cotado para assumir a presidência do Grupo Caoa.
Neto, no entanto, é cotado para assumir a presidência do Grupo Caoa.
No início do ano, o McDonald's anunciou que seu presidente-executivo, Jim Skinner, deixaria o grupo em 30 de junho e seria substituído pelo diretor de operações Don Thompson. Skinner encerrou uma carreira de mais de quatro décadas na rede de fast food. Ele era presidente-executivo da empresa desde novembro de 2004, depois de participar da elaboração do "plan to win" ("plano para vencer") em 2003, que segundo a empresa, incentivou nove anos de crescimento das vendas mundiais.
Após dois anos, conforme o combinado, Raphael Klein, neto do fundador da Casas Bahia, deixou o comando da Viavarejo em novembro deste ano. O empresário passou o bastão a Antonio Ramatis Rodrigues.
Em outubro, Cynthia Carroll renunciou ao cargo de CEO da Anglo American, uma das maiores mineradoras do mundo. A decisão de pedir demissão estava atrelada a uma série de críticas que a executiva vinha recebendo do mercado. Ela estava no posto de CEO há quase sete anos e foi a primeira mulher a presidir a mineradora.
Em maio, Marcos de Oliveira anunciou sua aposentadoria depois de quase três décadas trabalhando para a Ford. O executivo deixou o posto de CEO para o Brasil e Mercosul da montadora em 30 de junho. No lugar de Oliveira, Steven Armstrong assumiu o comando da companhia.
Rich Ross trabalhou 15 anos para a Disney Company, dois e meio deles como CEO dos Estúdios Disney , mas bastou um filme não fazer o sucesso esperado nas bilheterias de todo o mundo para que o executivo deixar a companhia. O filme que causou a demissão de Ross foi "John Carter", que deu um prejuízo de 200 milhões de dólares aos cofres da Disney. Em abril, o executivo deixou a empresa e afirmou que o papel de presidente dos Estúdios Disney não era mais para ele. Ross tinha como objetivo no cargo reduzir os custos e lançar novas animações que trouxessem retorno para a empresa.
Em maio, Scott Thompson deixou o comando do Yahoo!. O executivo saiu em meio a uma denúncia de que ele teria fraudado informações em seu currículo. A fraude no currículo de Thompson foi apontada pelo fundo Third Point, também acionista do Yahoo!. Segundo o TP, Thompson teria “floreado” seu currículo. O executivo informou ter concluído os cursos de ciência da computação e contabilidade, quando apenas tinha um diploma universitário.
Jim Walton trabalhou para a CNN durante 30 anos e neste ano se prepara para deixar o comando do canal de notícias. Em julho, a companhia anunciou a mudança marca da para acontecer neste ano e alegou que a CNN precisa de um novo líder e novas transformações.
No final do ano passado, a Avon anunciou que estava à procura de um substituto para Andrea Jung, CEO da companhia desde 2001, e o nome do sucessor de Andrea foi apresentado ao mercado neste ano: Sherilyn McCoy, ex-executiva da Johnson & Johnson. Andrea deve deixar o comando da Avon neste mês e as razões para sua saída são diversas, dentre elas, as investigações que a companhia está envolvida nos Estados Unidos por suborno e o lucro cada vez menor que a companhia vem apresentando desde 2005.
Em abril deste ano, Fernando de Arruda Botelho, acionista da Camargo Corrêa e um dos empresários mais conhecidos do país, sofreu um acidente de avião e acabou falecendo. Botelho era casado com Rosana Botelho, uma das três filhas de Sebastião Camargo, fundador do grupo Camargo Corrêa. Ele foi vice-presidente do grupo e junto com os outros dois genros de Sebastião, Luiz Roberto Ortiz Nascimento e Carlos Pires Oliveira Dias, comandava as atividades da empresa.
Em junho, Paulo Mendonça deixou a presidência da OGX , depois de a empresa reduzir suas metas de produção. Na época, ele chegou a ser nomeado assessor especial da EXB. Em agosto, no entanto, o executivo deixou de vez o grupo de Eike Batista se desligando também da holding que controla todas as empresas do bilionário.
Bernd Beetz pendurou as chuteiras em agosto desse após, após mais de uma década no comando da Coty. Beetz teve muito sucesso em sua gestão, ampliando a atuação da Coty em várias regiões e também segmentos do mundo da beleza. Foi na gestão dele, por exemplo, que a Coty tentou, sem sucesso, comprar a Avon por quase 11 bilhões de dólares, em maio deste ano.
Em setembro, John Compton deixou o posto de presidente da Pepsico - sem muitas explicações. O executivo estava na função desde março deste ano e era um dos possíveis sucessores de Indra Nooyi na companhia. Ele trabalhava para a Pepsico há mais de duas décadas. Zein Abdalla foi escolhido para substituir Compton.
Em setembro, o presidente-executivo da Equity International, Gary Garrabrant, renunciou ao cargo por razões desconhecidas pelo mercado. Sam Zell, fundador da empresa de private equity, assumiu o posto de presidente interino, na ocasião.
No início do ano, o conselho administrativo do Carrefour escolheu Georges Plassat para substituir o presidente-executivo Lars Olofsson. Olofsson, que assumiu o posto há três anos, deixou o comando da varejista francesa no meio do ano.
Em junho, Ronald van der Vis deixou o comando da Esprit - varejista de moda e outros artigos. O executivo estava no comando da companhia desde novembro de 2009 e sua saída era muito aguardada pelo mercado. Em seu lugar, José Manuel Martínez Gutiérrez, ex-diretor da Inditex, dona da Zara, concorrente direta da marca no mercado europeu, assumiu a cadeira de CEO.
Em outubro, Stefan Jacoby concordou abrir mão do cargo de CEO da Volvo , após sofrer um acidente vascular cerebral um mês antes. Segundo o executivo, apesar de leve, o AVC tinha comprometido seus movimentos de sua perna e braço direitos. Diante da situação delicada, o conselho de administração da Volvo Car nomeou Håkan Samuelsson para assumir o cargo de CEO da montadora no lugar de Jacoby.
Também em outubro, Claudio Yamaguti deixou o comando da Redecard . O executivo estava no cargo de desde o início de 2011 e anunciou sua aposentadoria neste ano Em seu lugar, a Redecard elegeu Milton Maluhy Filho para o posto de presidente.
Em junho, a americana JC Penney anunciou que Michael Francis - contratado em outubro de 2011 - deixou o cargo de CEO da companhia. O executivo é acusado pela companhia de lançar campanhas de marketing confusas, que no lugar de atrair consumidores, afastava-os.
Em outubro, Álvaro Luís Afonso Simões renunciou ao cargo de CEO da Viver Incorporadora e Construtora. O executivo também ocupava, interinamente, a função de diretor vice-presidente financeiro e de relações com investidores da empresa, desde outubro do ano passado.
No fim do ano passado, Pedro Janot sofreu um grave acidente ao cair de um cavalo e sua saída, como presidente da Azul, foi inevitável. Em agosto, a companhia aérea anunciou a troca de comando e David Neeleman - fundador da empresa - reassumiu o posto. Janot estava na presidência da Azul desde 2009 e continuou como membro do conselho administrativo da empresa.
Em novembro, o Conselho de Administração da Vanguarda elegeu Arlindo de Azevedo Moura como novo diretor-presidente da empresa de produtos agrícolas. Moura substitui Bento Moreira Franco, que vai deixar no fim desse mês o comando da companhia - por ter já cumprido seu papel como CEO.
Em outubro, a Qualicorp anunciou que Heráclito de Brito Gomes deixaria o comando da companhia em 15 de novembro. A saída do executivo foi justificada por razões estritamente pessoais. O fundador e principal acionista da Qualicorp, José Seripieri Filho, assumiu a presidência em seu lugar.
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