21 empresas-modelo em sustentabilidade do Guia EXAME 2012
Conheça as empresas brasileiras que são exemplo de responsabilidade socioambiental, segundo a nova edição do Guia EXAME de Sustentabilidade. A premiação dos vencedores ocorreu na noite desta quarta-feira, em São Paulo
Vanessa Barbosa
Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 17h04.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h15.
Eleita a empresa modelo em reponsabilidade socioambiental pelo Guia EXAME de Sustentabilidade 2012, a mineradora Anglo American tem no diálogo com a comunidade o seu maior trunfo. Religiosamente, desde 2008, a empresa realiza no mês de novembro o Fórum Comunitário Intercâmbio para discutir com a população de Barro Alto, em Goiás, suas ações. A região é estratégica para a multinacional consolidar-se como a segunda maior produtora de níquel do país, atrás apenas da Votorantim.
A Promon, empresa especializada em projetos de infraestrutura, é exigente na avaliação de impacto ambiental dos seus projetos, a ponto de recusar empreitadas que não se encaixam nos critérios. Os projetos que saem da prancheta da Promon têm desempenho invejável na redução do consumo de água e de energia elétrica, comparada com as práticas convencionais da construção civil. Na sua principal cliente, a Petrobras, os índices de reaproveitamento de água chegam a 90%.
Na busca pela diversificação, a CPFL Energia larga na frente no setor de energia rumo a uma geração cada vez mais limpa. Atualmente, 95% da energia gerada pelo grupo vem de fontes renováveis. A maior parte, de hidrelétricas, claro, mas juntam-se à frente verde nada mais nada menos do que seis usinas de biomassa e 15 parques eólicos.
Como falar de sustentabilidade, sem falar da Natura? E como falar da Natura, sem falar da Amazônia? Empresa modelo em responsabilidade socioambiental por natureza, a Natura resolveu estreitar ainda mais a relação com a região, instalando na capital, Manaus, um centro de inovação. O projeto é parte de um plano de investimentos para Amazônia de 1 bilhão de reais até 2020.
A empresa do setor químico Dow enxerga na parceria a via principal para a sustentabilidade. Em 2013, a maior fábrica de Aratu, na Bahia, a maior da empresa no Brasil, será abastecida pela energia gerada da biomassa de eucalipto de reflorestamento próprio e produzida em usina operada pela empresa Energia Renováveis Brasil (ERB). A nova fonte vai suprir 40% da energia consumida pela fábrica.
Disseminar as boas práticas. Com essa diretriz em mente, o Grupo Fleury vem buscando nivelar ao mesmo padrão de sustentabilidade a sua rede de mil médicos e 200 unidades, por todo o país. Para se ter uma ideia, em 2011, foram disseminadas 155 iniciativas sustentáveis no grupo, que incluem desde ações de voluntariado à redução do desperdício de energia.
A maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo não baixa a guarda na proteção do meio ambiente nem mesmo quando sua receita líquida cai. Pelo contrário, enxerga no uso eficiente dos recursos naturais uma aliado para reverter maus resultados econômicos. Hoje, para produzir uma tonelada de celulose, a empresa consome metade da água usada em média pelo setor e ainda reaproveita 68% do resíduos que gera.
A fabricante de artigos de higiene pessoal Kimberly-Clark está em busca da embalagem verde perfeita. Prova disso é a linha de papel higiênico Neve Compacto, cuja embalagem é feita 60% de plástico ecológico, vindo de fontes renováveis, como cana-de-açúcar, fornecido pela Braskem. Antes dessa iniciativa, a empresa atacou a questão da eficiência com a compactação dos rolos, que permitiu o transporte de mais produtos em um mesmo caminhão.
A maior empresa de agronegócios do país teve um desempenho socioambiental notável em 2011, a começar pela redução das emissões de gases efeitos estufa: 20%, em comparação com 2010. Para tanto, substituiu os combustíveis fósseis usados nas caldeiras de processamento de grãos por biomassa. Com a energia térmica que gera com a queima do bagaço de cana-de-açúcar, a Bunge supre 78% de suas necessidades energéticas.
Melhorar a saúde e o bem-estar dos 2 bilhões de pessoas no mundo que usam pelo menos um de seus produtos é a meta da Unilever para os próximos dez anos. Nesse sentido, a empresa já retirou 20 milhões de quilos de açúcar, 3 milhões de quilos de sal e 30 milhões quilos de gordura trans de sua linha de produtos alimentares. Outra frente de atuação da Unilever é a redução do desperdício de água, com produtos que exijam menos desse recurso natural.
Um dos maiores grupos de logística do país, a Ecorodovias mata dois coelhos com uma cajadada só: cuida do bem estar de suas estradas e do meio ambiente, ao utilizar pneus velhos nas rodovias sob sua concessão, através da reciclagem. Na lista, entram gigantes como o sistema Anchieta-Imigrantes e o corredor Ayrton Senna-Carvalho Pinto, no estado de São Paulo.
O Grupo Boticário se lançou numa cruzada verde para estimular seus fornecedores a adotarem práticas cada vez mais sustentáveis. Hoje, a adesão da empresas parceiras já é de 95%. Detalhe, quando esse projeto, que é voluntário, foi lançado em 2005, a adesão era de apenas 20%. O incentivo à adoção de práticas sustentáveis também se estende às 3.260 lojas da rede de franquias O Boticário.
A educação do consumidor para o uso consciente da energia e também como medida de segurança foi o foco dos esforços da concessionária AES ao longo do último ano. Além de orientar mais de 18 mil clientes, a empresa investiu nada menos do que 57 milhões de reais em programas de regularização, reduzindo perdas do sistema e riscos de acidente.
O Itaú Unibanco vem ampliando ações de educação financeira, e vê nas plataformas digitais o caminho ideal no momento. E tem tido sucesso. Após levar informações sobre planejamento financeiro e crédito conscientes para as mídias sociais, o Itaú Unibanco tornou-se o maior banco do mundo no Facebook, com 2,7 milhões de fãs.
Inovação tecnológica é a palavra do momento na distribuidora de energia Elektro. E o meio ambiente agradece. Desde o começo do ano, a empresa passou a inspecionar com um helicóptero suas redes localizadas em áreas de preservação ambiental. Ao invés de abrir caminhos no meio da área de proteção, os técnicos usam equipamentos de filmagem e de termovisão para fazer a manutenção preventiva da rede, mas tudo do alto.
Detentora de 12% do mercado brasileiro de painéis de madeira, a Masisa é a primeira empresa do setor a receber a certificação Rótulo Ecológico, emitida desde outubro pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Esse certificado diz quanto o produto emite de formaldeído, uma substância tóxica. Enquanto no Brasil, o permitido é a norma E2, com emissão de até 30mg de formaldeído por 100g de material nos produtos, a Masisa resolveu ir além, possuindo apenas paineis de acordo com a norma E1, que emitem menos de 8mg da substância por 100g, seguindo os padrões europeus mais severos
A gigante do setor de alumínio Alcoa quer renovar os ares. Buscando reduzir suas emissões de gases efeito estufa, a empresa substituiu os óleo combustível usado no seu sistema em Poços de Caldas, Minas Gerais, por gás natural, menos poluente. Até o momento, a mudança gerou benefícios equivalentes à retirada de 11.200 carros de circulação.
A líder no setor de eletrodomésticos no Brasil, Whirlpool, busca mais do que a redução de desperdício na sua produção. O desafio agora é criar geladeiras, freezers e ar-condicionado mais eficientes e que beneficiem os consumidores. Hoje, 83% dos modelos lançados pela empresa no mercado brasileiro levam a classificação A, de menor consumo de energia.
Depois do sucesso do plástico de polietileno verde, feito a partir de cana-de-açúcar, a Braskem se lançou em um novo desafio: reduzir o consumo de água. Enquanto outros indicadores ambientais, como emissões CO2, uso de energia e geração de resíduo caíram nos últimos anos, o consumo de água aumentou. A meta da empresa á reduzir esse consumo a um nível inferior ao verificado em 2002. Um dos caminhos será a reutilização deste recurso.
Para a Embraco, maior fabricante de compressores de refrigeradores do mundo, a sustentabilidade é uma missão que extrapola as paredes de suas fábricas. Nos últimos 4 anos, a empresa vem envolvendo seus 400 fornecedores ao redor do mundo com a questão ambiental, a reciclagem, o reúso de materiais e relações trabalhistas.
Criado há 27 anos, o Laboratório Sabin, de Brasília, surgiu com apenas 4 funcionários e hoje já conta com um quadro de mil empregados. A receita do sucesso? Cuidar bem das pessoas. Entre os benefícios, seus funcionários têm direito a participação nos resultados, apoio aos estudos e programas de saúde. De quebra, ainda contam com programa de educação financeira, para planejar bem o futuro e sair de enrascadas.
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