10 recalls inusitados que aconteceram recentemente
Prótese mamária, secador para cabelo e até camisinha precisaram ser retirados do mercado por conter defeito de fabricação
Daniela Barbosa
Publicado em 12 de janeiro de 2012 às 13h58.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h27.
São Paulo - O setor automotivo vem aumento o número de recalls, mas empresas de todos os setores aderem, cada vez mais, à prática. E um dos casos mais recentes está aí para provar isso. No fim do ano passado, uma fabricante francesa de prótese mamária, a PIP (Poly Implants Protheses), foi denunciada por fabricar o produto com material tóxico. Autoridades francesas decidiram, então, fazer o recall do silicone, que vai envolver cerca de 30.000 mulheres em diferentes regiões. Além do recall de silicone, outros recalls singulares foram anunciados recentemente no Brasil e em outras partes do mundo. Conheça dez deles:
O caso: Em dezembro do ano passado, a fabricante de preservativos Blowtex detectou que um lote de seu produto Blowtex “Turbo” estava com defeito de fabricação. O problema não tornava a camisinha 100% eficaz. No entanto, nenhum problema mais sério foi identificado pela empresa. Solução: Diante do ocorrido, a companhia decidiu tirar de circulação cerca de 80.000 unidades do preservativo e orientou os consumidores que já haviam adquirido o produto a trocarem a camisinha ou solicitarem a restituição do dinheiro.
O caso: Em 2011, autoridades francesas decidiram investigar a fabricante de prótese mamária PIP (Poly Implants Protheses), após oito mulheres com o silicone serem diagnosticadas com câncer. Foi descoberto, durante a investigação, que a empresa usava silicone industrial na fabricação do produto. Além disso, a prótese pode apresentar fissuras. Solução: Autoridades francesas, no fim do ano passado, anunciaram o recall de pelo menos 30.000 silicones. O caso chegou a atingir mulheres brasileiras e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou que aquelas que fizeram o implante podem trocar a prótese pelo Sistema Único de Saúde ou por meio do convênio médico.
O caso: Um dos recalls com maior repercussão no Brasil, em 2011, foi o do Toddynho contaminado com detergente. O problema veio à tona depois de mais de 30 pessoas passarem mal com suspeitas de intoxicação no Rio Grande do Sul. A Pepsico, dona do produto, admitiu que houve falha na fabricação do produto e que um líquido com detergente foi misturado junto ao achocolatado. Solução: A companhia retirou de circulação cerca de 80 embalagens contaminadas e prestou assistências às pessoas que consumiram o produto e foram prejudicadas.
O caso: Em meados de 2011, uma consumidora francesa encontrou cacos de vidros em um pote de papinha Nestlé, na França, enquanto alimentava seu bebê. A mulher decidiu registrar uma reclamação e a fabricante de alimentos precisou convocar um recall. Solução: Após a denúncia, a Nestlé retirou do mercado cerca de 35.000 potes da comida. O problema foi detectado na papinha de sabor banana e só atingiu o mercado francês.
O caso: Em 2011, a Philips anunciou um recall mundial em cinco modelos de seus secadores de cabelo por questões de segurança. Apesar do recall, a companhia chegou a afirmar que o problema causava riscos muito pequenos para os consumidores e que o produto poderia ser usado normalmente. Foi detectado um defeito no interruptor do secador, que poderia apresentar faíscas nos contatos, superaquecendo e, em casos raros, iniciando um princípio de incêndio. Solução: a companhia orientou os consumidores a levarem o produto a uma assistência técnica autorizada para a troca da peça com defeito.
O caso: Em agosto do ano passado, a Consumer Product Safety Commission (CPSC) detectou que algumas peças fabricadas pela grife de luxo Chanel foram produzidas com material totalmente inflamável e exigiu que a companhia fizesse o recall das peças. Segundo o órgão regulatório, as roupas não cumpriam o padrão federal para vestuário e apresentavam risco de incêndio para os consumidores. Cerca de 150 peças foram convocadas para recall, entre elas, saias, vestidos e lenços, que custaram entre 350 e 4000 dólares. Solução: os consumidores foram orientados a trocar as peças com problemas. A Chanel não se manifestou publicamente sobre o incidente.
O caso: Em junho do ano passado, a Hewlett-Packard retirou do mercado quase 79.000 baterias de aparelhos portáteis fabricadas na China. Isso porque, aparelhos da HP e da Compaq, cujas baterias eram fabricadas pela LG Electronics, se aqueciam a ponto de provocar pequenos incêndios e até a explosão do equipamento. Solução: Na ocasião, a HP informou que as baterias defeituosas seriam substituídas de forma gratuita, e que o problema não danificaria o bom nome que a companhia possui em nível mundial.
O caso: Em dezembro do ano passado, a fabricante japonesa de leite Meiji detectou em um lote de leites para bebê material radioativo. Foi encontrado no produto uma quantidade excessiva de césio e cerca de 400.000 latas foram retiradas de circulação. A fábrica da Meiji fica a 320 quilômetros da usina de Fukushima, que foi atingida pelo tsunami, em março. Solução: a companhia retirou a mercadoria das prateleiras e pediu desculpas pelo incidente aos consumidores.
O caso: Nesta semana, a Novartis convocou um recall preventivo de alguns medicamentos nos Estados Unidos. O problema não chegou a atingir os produtos do laboratório vendidos no Brasil. Segundo a companhia, o recall afeta os remédios Bufferin, Excedrin, NoDoz e Gas-X com datas de validade até 2014. Foi constatada uma falha de produção e comprimidos de outros produtos podem estar no lugar dos medicamentos citados. Solução: A empresa orientou que os pacientes não consumam os produtos e entrem em contato com o laboratório para reembolso dos valores pagos.
O caso: Sim, a Apple também faz recall. No ano passado, a companhia anunciou um recall mundial da primeira geração do iPod Nano, fabricada entre os anos de 2005 e 2006. Foi detectado um problema de aquecimento na bateria do produto depois de certo tempo de uso, que poderia trazer riscos aos usuários. Solução: a companhia orientou os consumidores a procurarem uma assistência técnica da Apple e caso o risco fosse contatado, o iPod seria substituído por um novo do mesmo modelo
Mais lidas
Mais de Negócios
A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trásApós perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhõesEsta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para petsCompanhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'