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Zeppelins podem ser usados para transportar Caterpillars

Fabricantes dizem que estão negociando suas primeiras vendas para a indústria da mineração para complementar o transporte por caminhões e trens

Dirigível se prepara para decolar: modelos mais atuais possuem designs melhores e um gás flutuante não inflamável (Peter Macdiarmid/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2013 às 22h50.

Londres - Robin Young, da Amur Minerals Corp., quer extrair níquel e cobre da Sibéria, onde o inverno proibitivo e as estradas precárias tornam o transporte difícil. Sua melhor opção: fazê-lo pelo ar, por meio de zeppelins.

Do contrário, a exploradora com sede em Londres teria que investir cerca de US$ 150 milhões para construir uma estrada de 350 quilômetros para o transporte de maquinários pesados de construção, disse o CEO Young em uma entrevista. Peter Hambro, presidente executivo da produtora de ouro Petropavlovsk Plc, disse que investiu em uma fabricante de aeronaves e prevê que a indústria de mineração as adotará.

“Construir uma ponte para que passe um Toyota Land Cruiser não é tão caro”, disse Hambro. “Construir uma ponte para que passe uma Caterpillar 777 é muito, muito caro”, disse ele, referindo-se ao caminhão basculante de 87 toneladas usado em minas.

Os fabricantes de zeppelins e dirigíveis (que, diferentemente dos primeiros, não têm uma estrutura interna) precisam dos contratos de mineração para voltarem à vida, 76 anos depois que o Hindenburg pegou fogo e caiu em Nova Jersey, extinguindo o interesse da maioria dos compradores por décadas.

Com designs melhores e um gás flutuante não inflamável, fabricantes como a Worldwide Aeros Corp. e a Hybrid Air Vehicles, do Reino Unido, dizem que estão negociando suas primeiras vendas para a indústria da mineração, de US$ 960 bilhões, para complementar o transporte por caminhões e trens.

Até aqui, as rejeições foram muitas. A OAO GMK Norilsk Nickel estudou os zeppelins para transportar equipamentos para construir uma mina na Sibéria há uma década e acabou decidindo usar aviões convencionais. A empresa depois construiu uma frota de navios quebra-gelos para transportar seu níquel pelo rio Yenisei, no extremo norte da Rússia.


Estudando zeppelins

A Polyus Gold International Ltd., maior produtora de ouro russa, estudou usar os zeppelins como uma opção para entregar equipamentos pesados em seu projeto Natalka, no extremo leste do país, disse o porta-voz Sergey Lavrinenko. “Ele foi rejeitado, no entanto, porque naquela época não pudemos encontrar uma oferta compatível com o mercado”.

A Hybrid Air, de Cranfield, Inglaterra, está em negociações com duas empresas que fornecem serviços de transporte para empresas mineradoras no Canadá e espera receber pedidos nos próximos dois meses para entrega até 2016, disse o porta-voz da empresa, Chris Daniels. A aeronave terá uma rígida estrutura sob o material inflado para carregar 48 passageiros e a carga, disse ele.

Para os investidores, a opção de uma exploradora como a Amur que use uma aeronave, em vez do levantamento de fundo para financiar uma estrada antes de começar a produção, é atrativa, disse John Meyer, analista da SP Angel Corporate Finance LLP em Londres.

“O projeto da Amur tem um enorme valor, mas o valor inicial e o fato de que é na Rússia significam que é difícil de financiar”, disse Meyer. “A capacidade de usar uma aeronave mudará completamente o valor da empresa. Eles podem começar a produzir antes de gastar todo esse dinheiro extra”. A Amur, com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, recebeu seu nome em homenagem à região da Sibéria onde explora níquel e cobre.

A Worldwide Aeros está construindo aeronaves com cerca de 150 metros de comprimento, com uma estrutura rígida desenhada para transportar cargas de até 250 toneladas a velocidades de mais de 160 quilômetros por hora, segundo o CEO Igor Pasternak.

A empresa está planejando construir frotas de 24 zeppelins para servir setores que necessitam transportar mercadorias, incluindo o de mineração, disse Pasternak. A firma está negociando com potenciais clientes e selando compromissos para o uso do serviço, disse ele.

“Qualquer coisa que nos permita transportar cargas pesadas em terrenos difíceis sem grandes gastos de dinheiro em infraestrutura é atrativa”, disse Hambro, da Petropavlovsk.

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Londres - Robin Young, da Amur Minerals Corp., quer extrair níquel e cobre da Sibéria, onde o inverno proibitivo e as estradas precárias tornam o transporte difícil. Sua melhor opção: fazê-lo pelo ar, por meio de zeppelins.

Do contrário, a exploradora com sede em Londres teria que investir cerca de US$ 150 milhões para construir uma estrada de 350 quilômetros para o transporte de maquinários pesados de construção, disse o CEO Young em uma entrevista. Peter Hambro, presidente executivo da produtora de ouro Petropavlovsk Plc, disse que investiu em uma fabricante de aeronaves e prevê que a indústria de mineração as adotará.

“Construir uma ponte para que passe um Toyota Land Cruiser não é tão caro”, disse Hambro. “Construir uma ponte para que passe uma Caterpillar 777 é muito, muito caro”, disse ele, referindo-se ao caminhão basculante de 87 toneladas usado em minas.

Os fabricantes de zeppelins e dirigíveis (que, diferentemente dos primeiros, não têm uma estrutura interna) precisam dos contratos de mineração para voltarem à vida, 76 anos depois que o Hindenburg pegou fogo e caiu em Nova Jersey, extinguindo o interesse da maioria dos compradores por décadas.

Com designs melhores e um gás flutuante não inflamável, fabricantes como a Worldwide Aeros Corp. e a Hybrid Air Vehicles, do Reino Unido, dizem que estão negociando suas primeiras vendas para a indústria da mineração, de US$ 960 bilhões, para complementar o transporte por caminhões e trens.

Até aqui, as rejeições foram muitas. A OAO GMK Norilsk Nickel estudou os zeppelins para transportar equipamentos para construir uma mina na Sibéria há uma década e acabou decidindo usar aviões convencionais. A empresa depois construiu uma frota de navios quebra-gelos para transportar seu níquel pelo rio Yenisei, no extremo norte da Rússia.


Estudando zeppelins

A Polyus Gold International Ltd., maior produtora de ouro russa, estudou usar os zeppelins como uma opção para entregar equipamentos pesados em seu projeto Natalka, no extremo leste do país, disse o porta-voz Sergey Lavrinenko. “Ele foi rejeitado, no entanto, porque naquela época não pudemos encontrar uma oferta compatível com o mercado”.

A Hybrid Air, de Cranfield, Inglaterra, está em negociações com duas empresas que fornecem serviços de transporte para empresas mineradoras no Canadá e espera receber pedidos nos próximos dois meses para entrega até 2016, disse o porta-voz da empresa, Chris Daniels. A aeronave terá uma rígida estrutura sob o material inflado para carregar 48 passageiros e a carga, disse ele.

Para os investidores, a opção de uma exploradora como a Amur que use uma aeronave, em vez do levantamento de fundo para financiar uma estrada antes de começar a produção, é atrativa, disse John Meyer, analista da SP Angel Corporate Finance LLP em Londres.

“O projeto da Amur tem um enorme valor, mas o valor inicial e o fato de que é na Rússia significam que é difícil de financiar”, disse Meyer. “A capacidade de usar uma aeronave mudará completamente o valor da empresa. Eles podem começar a produzir antes de gastar todo esse dinheiro extra”. A Amur, com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, recebeu seu nome em homenagem à região da Sibéria onde explora níquel e cobre.

A Worldwide Aeros está construindo aeronaves com cerca de 150 metros de comprimento, com uma estrutura rígida desenhada para transportar cargas de até 250 toneladas a velocidades de mais de 160 quilômetros por hora, segundo o CEO Igor Pasternak.

A empresa está planejando construir frotas de 24 zeppelins para servir setores que necessitam transportar mercadorias, incluindo o de mineração, disse Pasternak. A firma está negociando com potenciais clientes e selando compromissos para o uso do serviço, disse ele.

“Qualquer coisa que nos permita transportar cargas pesadas em terrenos difíceis sem grandes gastos de dinheiro em infraestrutura é atrativa”, disse Hambro, da Petropavlovsk.

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