Zelensky afirma que Ucrânia está 'preparada' para contraofensiva, mas teme baixas
Presidente insistiu, no entanto, que o país precisa de mais tempo e de armas
Agência de notícias
Publicado em 3 de junho de 2023 às 10h30.
A Ucrânia está "preparada' para iniciar uma contraofensiva ante as tropas russas, mas o país sofrerá baixas consideráveis devido à superioridade aérea de Moscou, afirmou o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, em uma entrevista publicada neste sábado pelo Wall Street Journal.
Kiev afirma há vários meses que está preparando uma grande ofensiva que tentar recuperar os territórios ocupados por Moscou desde a invasão da ex-república soviética em fevereiro de 2022.
- Lula conversa com papa sobre guerra na Ucrânia e combate à fome
- Casa Branca diz que Biden não vai assinar acordo do teto da dívida nesta sexta-feira
- Carros populares: Haddad levará a Lula estudos sobre impacto da renúncia fiscal
- Guerra da Ucrânia: Rússia afirma que tomará medidas severas em resposta a ataque de drones
- Lançamentos da Netflix em junho de 2023: veja os filmes e as séries
- Vacinação contra gripe é prolongada em SP; veja até quando
Zelensky insistiu, no entanto, que o país precisa de mais tempo e de armas. "Muitos soldados morrerão se Kiev não receber armamento para enfrentar o poder aéreo de Moscou, insistiu.
O presidente ucraniano afirmou que seria "perigoso" iniciar a contraofensiva sem mais ajuda ocidental, apesar de Kiev estar "preparada" para recuperar os territórios perdidos após 15 meses de invasão.
Essa semana
As declarações coincidiram com novos bombardeios executados esta semana contra a capital.
"Todo mundo sabe perfeitamente que qualquer contraofensiva sem superioridade aérea é muito perigosa", insistiu.
"Imaginem o sentimento de um soldado que sabe que não tem um teto e não entende por que os países vizinhos têm", disse.
Zelensky destacou que o único armamento capaz de proteger a Ucrânia é o sistema de defesa antiaérea Patriot, fabricado pelos Estados Unidos, e pediu mais equipamentos.
"A realidade é que 50 Patriots evitarão, na maioria das vezes, que as pessoas morram", afirmou.
Zelensky também expressou frustração antes da reunião de cúpula da Otan, a aliança militar da qual a Ucrânia deseja fazer parte, na capital da Lituânia no próximo mês.
"Se não formos reconhecidos e recebermos um sinal em Vilnius, acredito que não faz sentido para a Ucrânia estar nesta reunião de cúpula", disse.