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Zapatero comemora anúncio da ETA: 'é a vitória da democracia'

Grupo anunciou que abandonou as ações armadas

José Luis Zapatero festejou o fim das ações armadas do ETA (Carlos Alvarez/Getty Images)

José Luis Zapatero festejou o fim das ações armadas do ETA (Carlos Alvarez/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2011 às 17h08.

Madri - O presidente do Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, afirmou nesta quinta-feira que o anúncio da organização terrorista ETA sobre o fim definitivo de suas atividades armadas representa 'a vitória da democracia, da lei e da razão'.

Em discurso televisionado, Zapatero afirmou em sua primeira avaliação do anúncio que este é o resultado da coragem e firmeza da sociedade espanhola no meio século de atividade da ETA e o triunfo do estado de direito 'como único modelo de convivência'.

O chefe do Executivo expressou seu reconhecimento ao trabalho desempenhado contra a organização terrorista pelos Governos democráticos anteriores na Espanha e citou especialmente os ministros de Interior de sua etapa como presidente.

Ele também prestou homenagem à atuação e sacrifício das forças de segurança do Estado, 'cujo generoso trabalho lhes custou tantas vidas'.

Zapatero manifestou ainda o agradecimento à França por sua colaboração contra a ETA. 'Devemos eterna gratidão'. O líder espanhol fez menção especial ao presidente francês, Nicolas Sarkozy, considerando sua colaboração como determinante.

O chefe do Executivo espanhol também pronunciou palavras de reconhecimento às vítimas da ETA. 'Nossa democracia será sem terrorismo, mas não sem memória', declarou Zapatero, em alusão aos mais de 800 mortos pela ETA.

A organização terrorista anunciou nesta quinta-feira 'o fim definitivo de suas atividades armadas', segundo um comunicado divulgado na edição online do jornal basco 'Gara'.

A ETA classifica o fato como 'histórico' e expressa seu 'compromisso claro, firme e definitivo' de 'superar o confronto armado'. Com esse objetivo, o grupo faz um apelo aos Governos de Espanha e França para abrir um processo de diálogo direto destinado a solucionar as consequências do conflito. 

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