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YouTube poderá manter filme sobre Maomé, diz justiça dos EUA

Contrariando atriz que diz ter sido enganada para atuar no filme, um tribunal dos EUA disse que o filme contra o islã não deverá ser removido


	YouTube: caso tem sido bastante acompanhado por causa de seu impacto na indústria cinematográfica
 (Kiyoshi Ota/Bloomberg)

YouTube: caso tem sido bastante acompanhado por causa de seu impacto na indústria cinematográfica (Kiyoshi Ota/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2015 às 19h06.

San Francisco - O Google não deve remover um filme contra o islã de sua plataforma de vídeos YouTube, mesmo após uma mulher ter reclamado que foi enganada para atuar em um filme que tratava do profeta Maomé como um tolo e maníaco sexual, decidiu um tribunal de apelações norte-americano nesta segunda-feira.

O caso tem sido bastante acompanhado por causa de seu impacto na indústria cinematográfica.

Um colegiado de 11 juízes de uma corte de apelação, em San Francisco, disse que uma liminar que proibia o Google de transmitir o filme deve ser anulada.  O colegiado optou por ouvir novamente o caso após um painel de três juízes ter ordenado que o Google retirasse do ar o controverso filme “Innocence of Muslims” (A Inocência dos Muçulmanos).

O filme gerou protestos anti-EUA entre muçulmanos no Egito, na Líbia e em outros países em 2012. 

A autora da ação, a atriz Cindy Lee Garcia, entrou na Justiça após saber que o filme utilizou uma gravação que ela fizera para outro filme, o qual fora parcialmente dublado e no qual ela aparece fazendo a seguinte pergunta: “Será o seu Maomé é um molestador de crianças.” 

O caso levanta dúvidas sobre se os atores podem, em certas circunstâncias, ter direitos de imagem independentes em atuações individuais. Diversas organizações, incluindo Twitter e Netflix, entraram com pedidos para que o colegiado apoiasse o Google.  Representantes do Google e de Cindy Garcia não puderam ser contatados imediatamente para comentar o caso. 

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