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Yoani Sánchez: se conseguir sair de Cuba será para retornar

"Minha melhor forma de provar os limites da nova Lei Migratória é tentando viajar assim que ela seja aplicada. Mas para retornar", disse Sánchez em sua conta no Twitter


	Yoani Sanchez: a blogueira, de 36 anos, recebeu o prêmio espanhol Ortega y Gasset de Jornalismo Digital em 2008
 (Reuters)

Yoani Sanchez: a blogueira, de 36 anos, recebeu o prêmio espanhol Ortega y Gasset de Jornalismo Digital em 2008 (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2013 às 06h40.

Havana - A blogueira crítica cubana Yoani Sánchez disse nesta terça-feira que se conseguir sair de Cuba quando entrar em vigor a reforma migratória que elimina restrições para a saída do país será para "retornar".

"Minha melhor forma de provar os limites da nova Lei Migratória é tentando viajar assim que ela seja aplicada. Mas para retornar", disse Sánchez em sua conta no Twitter.

"Me negaram a permissão para viajar em 20 ocasiões durante 5 anos", diz a blogueira, que se perguntou se conseguirá deixar Cuba em janeiro.

Yoany, no entanto, afirmou que não deixará de emitir suas opiniões e críticas ao regime cubano. O governo da ilha anunciou nesta terça-feira que a partir de 14 de janeiro de 2013 entrará em vigor uma esperada reforma migratória que eliminará a necessidade de permissão para quem desejar deixar o país e deixará sem efeito o requisito das cartas convite.

"Meus amigos dizem que não me iluda com nova "Lei Migratória"... me esclarecem que eu estou na "lista negra". Mas vou tentar!", afirmou a jornalista independente.

A blogueira, de 36 anos, recebeu o prêmio espanhol Ortega y Gasset de Jornalismo Digital em 2008, e em 2009 foi agraciada com uma menção do prêmio Maria Moors Cabot, da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos.

Desde então recebeu outros prêmios e convites para assistir a congressos e outros eventos, mas em nenhuma dessas ocasiões o governo cubano autorizou sua saída do país.

As autoridades cubanas consideram Yoani Sánchez como parte dos contra-revolucionários cibernéticos "fabricados" pelos Estados Unidos e frequentemente os blogueiros governistas a classificam nas redes sociais de "fraude" e "mercenária" a serviço dos EUA. 

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