Mundo

Xi-Jinping acusa EUA de reprimir desenvolvimento chinês e estimular conflito

Xi elevou a tensão retórica com uma acusação vinda diretamente daquela era passada, um colapso que ambos os lados insistem que não desejam

China alega soberania sobre Taiwan (Justin Chin/Getty Images)

China alega soberania sobre Taiwan (Justin Chin/Getty Images)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 8 de março de 2023 às 16h07.

Novos ataques verbais duros aos Estados Unidos pela liderança de Pequim demonstram o quão instáveis se tornaram as relações entre as duas maiores potências do mundo. Nesta semana, o presidente da China, Xi Jinping, e seu ministro das Relações Exteriores acusaram Washington de suprimir o desenvolvimento chinês e levar os dois países ao conflito.

"Tudo o que o outro lado faz é visto como negativo e feito com más intenções", disse Suisheng Zhao, especialista em política externa da China na Universidade de Denver. "Essa é a mentalidade da Guerra Fria."

Xi elevou a tensão retórica com uma acusação vinda diretamente daquela era passada, um colapso que ambos os lados insistem que não desejam. Segundo Xi, a China enfrenta "contenção, cerco e repressão total" nas mãos de nações ocidentais aliadas aos EUA.

Na terça-feira, seu novo ministro das Relações Exteriores, Qin Gang, alertou que, a menos que os EUA mudem de rumo, "certamente haverá conflito e confronto".

Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional americano, John Kirby, quando questionado sobre a retórica de Pequim, disse que a política do governo Biden permanece inalterada: busca competição com a China, não conflito.

"Não há nada sobre a nossa abordagem a este relacionamento bilateral tão importante que deva levar alguém a pensar que queremos conflito", disse ele a repórteres ontem. "Nós absolutamente queremos mantê-lo nesse nível."

Acompanhe tudo sobre:Xi JinpingChinaEstados Unidos (EUA)Pequim

Mais de Mundo

Equador lida com tráfico, apagões e baixo crescimento antes de novas eleições

Chanceler diz que mandado de prisão de Netanyahu é “ataque” e ministro chama ação de "antissemita"

Acordo UE-Mercosul: Alemanha faz novos gestos para defender acordo, e França tenta barrar

Rússia afirma que base antimísseis dos EUA na Polônia já é um de seus alvos