Wikileaks publica 71 mil e-mails da campanha de Macron
Em um comunicado, WikiLeaks afirma que só pode confirmar a autenticidade de 21.000 e-mails, mas acredita que "a esmagadora maioria é autêntica"
AFP
Publicado em 31 de julho de 2017 às 15h47.
O WikiLeaks anunciou nesta segunda-feira que publicou 71.000 e-mails hackeados pouco antes do segundo turno da eleição presidencial de membros do partido do novo chefe de Estado francês, Emmanuel Macron .
Em um comunicado, WikiLeaks afirma que só pode confirmar a autenticidade de 21.000 e-mails (apelidado de "MacronLeaks"), mas acredita que "a esmagadora maioria do resto dos e-mails é autêntica".
Esses e-mails circularam na internet pouco antes do segundo turno da eleição presidencial em 7 de maio, mas até agora eram de difícil leitura. O site acrescentou um motor de busca para tornar mais eficiente a navegação.
Em um comunicado, o partido de Macron, a República em Marcha, explicou que "de acordo com (suas) primeiras investigações, esses documentos são os mesmos que os da operação de ciberataque organizada em 5 de maio".
"Sob o pretexto de novidade, Wikileaks apenas assume a operação de desestabilização organizada em maio", lamenta o partido.
A República em Marcha pede "vigilância sobre a natureza dessas publicações. A operação hackers resultou na disseminação de muitas mentiras, misturadas a documentos autênticos revelando sobre o funcionamento interno do movimento".
O partido de Emmanuel Macron informará à justiça francesa sobre esta nova publicação "como parte da queixa já apresentada e que está sendo examinada por acesso não autorizado, extração fraudulenta de dados, atentado ao sigilo da correspondência e roubo de identidade".