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Washington sediará nova reunião EUA-Cuba na próxima semana

Segundo o chanceler cubano, uma nova reunião entre os Estados Unidos e Cuba será celebrada na próxima semana em Washington

O presidente cubano Raúl Castro (E) e o presidente americano Barack Obama (Mandel Ngan/AFP)

O presidente cubano Raúl Castro (E) e o presidente americano Barack Obama (Mandel Ngan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2015 às 20h27.

Havana - Uma nova reunião entre os Estados Unidos e Cuba, com vistas ao restabelecimento de relações diplomáticas depois de mais de meio século de inimizade, será celebrada na próxima semana em Washington, informou nesta quarta-feira o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, em entrevista exclusiva com a AFP.

"Na próxima semana haverá uma nova rodada de negociações sobre o restabelecimento das relações diplomáticas e a abertura de embaixadas em Washington", declarou o chefe da diplomacia cubana na entrevista.

Os presidentes americano, Barack Obama, e cubano, Raúl Castro, surpreenderam o mundo ao anunciar, em 17 de dezembro, a decisão de deixar para trás as hostilidades de meio século e avançar para o restabelecimento de relações diplomáticas, rompidas em 1961, dois anos depois da Revolução cubana, em meio às tensões da guerra fria.

O encontro anterior, com vistas ao restabelecimento de laços diplomáticos, foi celebrado em 16 de março, em Havana. Na ocasião, as duas partes acordaram "manter a comunicação no futuro", informou a chancelaria cubana na ocasião.

As duas primeiras reuniões foram celebradas em Havana, em janeiro, e em Washington, em fevereiro, e foram encabeçadas pela chefe da diplomacia americana para a América Latina, Roberta Jacobson, e a diretora dos Estados Unidos da chancelaria cubana, Josefina Vidal.

Depois destes três encontros, Obama e Raúl Castro selaram o degelo entre os dois países em um encontro à margem da Cúpula das Américas, em abril, no Panamá, e o governo americano anunciou a decisão de tirar Cuba da lista de países promotores do terrorismo.

Constar nesta lista priva Cuba de acesso a organismos internacionais de crédito, como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial.

Além disso, Washington deixou em aberto a possibilidade, nesta segunda-feira, de que Obama visite a ilha comunista no ano que vem.

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