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Washington DC, capital dos EUA, está afundando (de verdade)

Estudo da Universidade de Vermont comprova fenômeno geológico e alerta para risco de inundações nas próximas décadas

Capitólio: solo sob a capital americana pode afundar 15 centímetros ou mais até 2100. (Nicholas Kamm/AFP)

Vanessa Barbosa

Publicado em 4 de agosto de 2015 às 14h42.

São Paulo - A capital americana, Washington D.C, está literalmente afundando. De acordo com um estudo científico, o solo sob o centro político dos Estados Unidos pode afundar 15 centímetros, ou mais, até 2100.

A nova pesquisa, realizada por geólogos da Universidade de Vermont e do Serviço Geológico Americano, confirma a hipótese antiga de que toda a região da Baía de Chesapeake, onde se encontra a cidade, na costa leste americana, afunda rapidamente por conta do derretimento de gigantescas camadas pré-históricas de gelo ao norte do país.

Em um passado bem distante, essas formações ajudaram a empurrar para o alto o manto de solo da região. Mas, à medida que o gelo derrete, como vem ocorrendo nas últimas décadas, a protuberância também diminui.

Por 60 anos, marégrafos mostraram que o nível do mar na Baía de Chesapeake tem aumentado em ritmo duas vezes maior que a taxa média global e mais rápido do que em outros lugares na costa leste americana, fenômeno que intriga os cientistas há tempos.

O mérito da nova pesquisa foi o de fornecer uma estimativa firme de quão rapidamente essa queda está acontecendo.

Além disso, dizem os pesquisadores, dados de campo deixaram claro que o afundamento de terra é fruto de um processo geológico de longo prazo, e não o resultado de interferência humana (retirada excessiva de água subterrânea, por exemplo) ou climática.

Os cientistas temem, contudo, que o rebaixamento agrave as enchentes que a capital da nação enfrenta, tornando-a mais vulnerável à elevação do nível das águas do oceano e do degelo, fenômenos intensificados pelo aquecimento global .

Eles disseram ainda que o "naufrágio" continuará ininterruptamente por dezenas de milhares de anos.

"Agora é a hora de se preparar", disse Ben DeJong, principal autor do estudo, em um comunicado de imprensa da Universidade de Vermont.

"Seis polegadas extras de água realmente importam nesta parte do mundo", alertou.

Os resultados da pesquisa foram publicados no periódico científico da Geological Society of America (GSA).

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São Paulo - A capital americana, Washington D.C, está literalmente afundando. De acordo com um estudo científico, o solo sob o centro político dos Estados Unidos pode afundar 15 centímetros, ou mais, até 2100.

A nova pesquisa, realizada por geólogos da Universidade de Vermont e do Serviço Geológico Americano, confirma a hipótese antiga de que toda a região da Baía de Chesapeake, onde se encontra a cidade, na costa leste americana, afunda rapidamente por conta do derretimento de gigantescas camadas pré-históricas de gelo ao norte do país.

Em um passado bem distante, essas formações ajudaram a empurrar para o alto o manto de solo da região. Mas, à medida que o gelo derrete, como vem ocorrendo nas últimas décadas, a protuberância também diminui.

Por 60 anos, marégrafos mostraram que o nível do mar na Baía de Chesapeake tem aumentado em ritmo duas vezes maior que a taxa média global e mais rápido do que em outros lugares na costa leste americana, fenômeno que intriga os cientistas há tempos.

O mérito da nova pesquisa foi o de fornecer uma estimativa firme de quão rapidamente essa queda está acontecendo.

Além disso, dizem os pesquisadores, dados de campo deixaram claro que o afundamento de terra é fruto de um processo geológico de longo prazo, e não o resultado de interferência humana (retirada excessiva de água subterrânea, por exemplo) ou climática.

Os cientistas temem, contudo, que o rebaixamento agrave as enchentes que a capital da nação enfrenta, tornando-a mais vulnerável à elevação do nível das águas do oceano e do degelo, fenômenos intensificados pelo aquecimento global .

Eles disseram ainda que o "naufrágio" continuará ininterruptamente por dezenas de milhares de anos.

"Agora é a hora de se preparar", disse Ben DeJong, principal autor do estudo, em um comunicado de imprensa da Universidade de Vermont.

"Seis polegadas extras de água realmente importam nesta parte do mundo", alertou.

Os resultados da pesquisa foram publicados no periódico científico da Geological Society of America (GSA).

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