Walmart venderá produtos sustentáveis
Presidente da rede varejista no Brasil diz que iniciativa é possível e econômica
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.
Os dez produtos dos fornecedores do Wal-Mart Brasil que participam do programa Sustentabilidade de Ponta a Ponta - 3M, Cargill, Coca-Cola Brasil, Colgate-Palmolive, Johnson & Johnson, Nestlé, Pepsico, P&G e Unilever -, além da marca própria TopMax, estarão disponíveis nas gôndolas dos pontos-de-venda da varejista nos próximos dez ou quinze dias.
Lançado ontem, o programa prevê o desenvolvimento de produtos e categorias que tenham menor impacto no meio ambiente durante seu ciclo de vida. O Wal-Mart ofereceu suporte técnico ao processo de desenvolvimento dos produtos por meio do Centro de Tecnologia de Embalagens (Cetea), ligado ao Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) do governo de São Paulo e garantiu a compra e a exposição diferenciada dos produtos.
"Acreditamos que podemos fazer diferença no mundo", afirmou o presidente do Wal-Mart Brasil, Héctor Núñez, ressaltando que o programa é "possível, replicável e econômico". O executivo não informou os valores dos investimentos no programa, limitando-se a dizer que são ?bastante significativos? tanto para a varejista quanto para as indústrias participantes. Questionado sobre a perspectiva de prazo para retorno desses investimentos, o executivo respondeu que "o retorno financeiro não está em primeiro plano".
Preços
Mais 12 novos fornecedores irão participar do programa - AmBev, Bunge, L''Oréal, Cadbury, Danone, Kimberly-Clark, Reckitt-Benckiser, Santher, Mars Brazil, Whirlpool, Sara Lee e Philips. Em relação aos preços dos produtos que fazem parte do programa, Núñez disse que não há expectativa de alterações no momento. "Não teremos aumentos nem queda até ganharmos escala e vermos se é possível reduzir custos e repassar isso para o consumidor final."
Os produtos serão vendidos em todas as bandeiras Wal-Mart e poderão ser comercializados também pelos concorrentes. As empresas participantes poderão levar os itens para outros países. A Johnson & Johnson, por exemplo, pretende vender o Band-Aid com embalagem menor em outros países das Américas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.