Agência de Notícias
Publicado em 6 de dezembro de 2024 às 12h09.
Última atualização em 6 de dezembro de 2024 às 12h32.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, se dirigiu aos agricultores europeus insatisfeitos com o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul enquanto discursava em Montevidéu, e ressaltou que o acordo inclui “garantias sólidas para proteger” a fonte de renda desses profissionais.
“Aos nossos agricultores: ouvimos suas preocupações e estamos agindo de acordo com elas”, disse ela, sentada ao lado dos chefes de Estado dos países-membros do Mercosul, depois de selar o encerramento das negociações após 25 anos.
O que o agro brasileiro deve ganhar; entendaVon der Leyen afirmou que o tratado foi o “maior acordo já feito” sobre a proteção de denominações de origem e enfatizou que os padrões europeus de saúde e alimentos “permanecem intocáveis”.
Ela acrescentou que o acordo economizará às empresas europeias 4 bilhões de euros por ano em tarifas e abrirá oportunidades de emprego e crescimento em ambos os blocos.
Os agricultores franceses realizaram vários protestos contra o acordo, alegando que a entrada dos produtos do Mercosul no mercado europeu representará uma concorrência “desleal” devido a uma suposta falha no cumprimento das exigências de qualidade europeias.
Venezuela está incluída? Carros ficarão mais baratos? Brasil vai exportar mais?Essa pressão levou o presidente francês, Emmanuel Macron, a anunciar que não apoiará o acordo, embora a ratificação do acordo dependa do Parlamento Europeu e do Conselho da UE, dos quais todos os Estados-membros participam.
As negociações sobre o acordo começaram em 2000 e, em 2019, foi assinado um texto preliminar que eliminava gradualmente as tarifas para grande parte do comércio, mas as discussões encalharam novamente.