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Volta de testes com armas abalará confiança na Coreia do Norte, dizem EUA

Desde a aproximação de Donald Trump com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, as atividade nucleares do país foram interrompidas

EUA e Coreia do Norte negociam a desnuclearização completa da península coreana (Leah Millis/Reuters)
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EFE

Publicado em 17 de março de 2019 às 15h27.

Washington — A Casa Branca alertou neste domingo que considerará como uma "quebra de confiança" uma possível decisão da Coreia do Norte de voltar a realizar testes com armas.

"Acredito que a retomada dos testes de mísseis é algo que seria considerado como uma espécie de violação ou ruptura da confiança", disse o chefe interino de gabinete da Casa Branca, Mick Mulvaney, em entrevista concedida à emissora conservadora "Fox News".

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"Haveria um entendimento de que não há razão para que isso continuasse enquanto seguirmos conversando. E as conversas continuam", completou Mulvaney.

Desde o início da aproximação entre Donald Trump e Kim Jong-un, a Coreia do Norte deixou de realizar testes com mísseis balísticos e armas nucleares. Já são 15 meses sem qualquer tipo de ação nesse sentido por parte do regime de Pyongyang, que tentou com o movimento mostrar que está disposto a desnuclearizar o país.

Mulvaney, que faz parte da delegação americana que estava na segunda cúpula entre Trump e Kim, reconheceu que não houve qualquer acordo no encontro realizado no Vietnã em fevereiro, mas avaliou que não é "razoável" pensar que um problema dessa magnitude poderia ser resolvido tão rapidamente.

"As conversas podem e devem continuar. Prevejo que o presidente e o líder norte-coreano negociarão em algum ponto do futuro. Mas, se eles retomarem os testes, veríamos isso como um acontecimento verdadeiramente decepcionante", concluiu Mulvaney.

A vice-chanceler da Coreia do Norte, Choe Son-Hui, disse na última sexta-feira que o regime de Kim estuda romper o diálogo com os EUA depois do fracasso na cúpula do Vietnã e sugeriu que o país pode voltar a realizar testes com armas no futuro.

A diplomata afirmou a Coreia do Norte não tem intenção de "ceder às exigências apresentadas pelos EUA em Hanói" e ressaltou que o país não entrará em negociações desse tipo.

Choe também ressaltou que a decisão sobre o programa de mísseis e armas é só de Kim, que se pronunciará em breve sobre o assunto.

Os EUA atribuíram o fracasso da cúpula em Hanói à suposta exigência norte-coreana para que a Casa Branca suspendesse todas as sanções contra o país em troca de avanços na desnuclearização.

O regime de Kim nega e afirma que só pediu um alívio parcial das sanções.

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