Homem examina carros destruídos no local de ataque com carro-bomba, no bairro de Kadhimiyam, em Bagdá (Hadeer Abbas/Reuters)
Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2013 às 17h43.
Tikrit - Cerca de 900 civis foram mortos no Iraque em setembro com o agravamento da violência sectária, levando o número de mortes até agora em 2.013 no país a superar o total do ano passado, disse a ONU nesta terça-feira.
A maior parte da matança foi instigada por militantes radicais islâmicos sunitas. Além de 887 civis, foram mortos 92 membros das forças de segurança.
A cifra de mortes em setembro elevou o saldo deste ano para 5.740, superando o total de 2012, quando foi registrado o primeiro aumento anual no número de civis mortos desde 2009. Essa alta teve início após a retirada das tropas norte-americanas do país, em dezembro de 2011.
Em geral, a região de Bagdá foi a mais afetada.
"Como os terroristas continuam a atacar os iraquianos indiscriminadamente, eu apelo a todos os líderes políticos para que intensifiquem os seus esforços para promover o diálogo e reconciliação nacional", declarou o enviado da ONU para o Iraque, Nickolay Mladenov.
Depois de atingir um clímax em 2006-07, a violência no Iraque diminuiu quando as tribos sunitas se uniram e encontraram uma causa comum com as tropas dos EUA, o combate aos militantes da rede Al-Qaeda, forçando-os a recuarem para a clandestinidade.
Mas o grupo foi revigorado este ano pelo crescente ressentimento dos sunitas em relação ao governo xiita do Iraque, que eles acusam de marginalizá-los desde a derrubada de Saddam Hussein em 2003.