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Violência entre palestinos e israelenses persiste

Palestinos que atiravam pedras entraram em confronto com soldados israelenses na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza durante protestos do "Dia da Fúria"

Israel: secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou que está cautelosamente otimista de que há uma maneira de diminuir as tensões (David Silverman/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2015 às 19h36.

Jerusalém - Palestinos que atiravam pedras entraram em confronto com soldados israelenses na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza durante protestos do "Dia da Fúria" nesta sexta-feira, enquanto que diplomatas tentavam concluir mais de três semanas de violência.

O secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou que está cautelosamente otimista de que há uma maneira de diminuir as tensões, depois de ter uma reunião de quatro horas com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em Berlim, na quinta-feira.

Nesta sexta-feira, as autoridades israelenses também suspenderam as restrições que impediam homens com menos de 40 anos de usar o complexo da mesquita de al-Aqsa em Jerusalém, medida vista como uma tentativa de acalmar a revolta muçulmana.

A polícia afirmou que as orações no local terminaram de forma calma. No entanto, na Cisjordânia e em Gaza, autoridades médicas palestinas afirmaram que 45 pessoas foram feridas por tiros, incluindo uma de 13 anos de forma grave, perto de Ramallah, e três fotógrafos perto da fronteira de Gaza.

Militares israelenses afirmaram que não tinham conhecimento de que jornalistas haviam sido machucados e que os soldados dispararam tiros de alerta para o ar, antes de atirar em instigadores que tentavam passar pela cerca de segurança de Gaza.

Mais cedo, um palestino de 16 anos esfaqueou e feriu um soldado israelense na Cisjordânia, antes de ser baleado e ferido por outros militares, disse o Exército de Israel.

Uma das piores ondas de violência de rua em anos foi iniciada em parte pela ira palestina com o que eles veem como uma invasão judaica ao complexo da mesquita, o terceiro local mais sagrado do Islã e também reverenciado pelos judeus como o local de dois templos antigos.

Os palestinos também estão frustrados com o fracasso de várias negociações de paz para assegurar um Estado independente no leste de Jerusalém, Cisjordânia e Gaza, territórios capturados por Israel na guerra de 1967.

A última rodada de negociações fracassou em 2014.

Mais de 50 palestinos, metade deles agressores, foram mortos a tiros por israelenses na cena dos ataques ou durante os protestos na Cisjordânia e em Gaza desde 1 de outubro. Nove israelenses foram esfaqueados ou mortos a tiros por palestinos.

Os mediadores do Quarteto do Oriente Médio se encontraram em Viena nesta sexta-feira para pedir que os líderes dos dois lados suavizem a retórica e acalmem as tensões.

Um comunicado depois do encontro, que teve a presença de Kerry, do ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, da responsável pela política externa da União Europeia, Federica Mogherini, e do coordenador da Organização das Nações Unidas para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov, pede que Israel "trabalhe junto com a Jordânia para manter o status quo de lugares sagrados em Jerusalém tanto no discurso quanto na prática".

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Jerusalém - Palestinos que atiravam pedras entraram em confronto com soldados israelenses na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza durante protestos do "Dia da Fúria" nesta sexta-feira, enquanto que diplomatas tentavam concluir mais de três semanas de violência.

O secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou que está cautelosamente otimista de que há uma maneira de diminuir as tensões, depois de ter uma reunião de quatro horas com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em Berlim, na quinta-feira.

Nesta sexta-feira, as autoridades israelenses também suspenderam as restrições que impediam homens com menos de 40 anos de usar o complexo da mesquita de al-Aqsa em Jerusalém, medida vista como uma tentativa de acalmar a revolta muçulmana.

A polícia afirmou que as orações no local terminaram de forma calma. No entanto, na Cisjordânia e em Gaza, autoridades médicas palestinas afirmaram que 45 pessoas foram feridas por tiros, incluindo uma de 13 anos de forma grave, perto de Ramallah, e três fotógrafos perto da fronteira de Gaza.

Militares israelenses afirmaram que não tinham conhecimento de que jornalistas haviam sido machucados e que os soldados dispararam tiros de alerta para o ar, antes de atirar em instigadores que tentavam passar pela cerca de segurança de Gaza.

Mais cedo, um palestino de 16 anos esfaqueou e feriu um soldado israelense na Cisjordânia, antes de ser baleado e ferido por outros militares, disse o Exército de Israel.

Uma das piores ondas de violência de rua em anos foi iniciada em parte pela ira palestina com o que eles veem como uma invasão judaica ao complexo da mesquita, o terceiro local mais sagrado do Islã e também reverenciado pelos judeus como o local de dois templos antigos.

Os palestinos também estão frustrados com o fracasso de várias negociações de paz para assegurar um Estado independente no leste de Jerusalém, Cisjordânia e Gaza, territórios capturados por Israel na guerra de 1967.

A última rodada de negociações fracassou em 2014.

Mais de 50 palestinos, metade deles agressores, foram mortos a tiros por israelenses na cena dos ataques ou durante os protestos na Cisjordânia e em Gaza desde 1 de outubro. Nove israelenses foram esfaqueados ou mortos a tiros por palestinos.

Os mediadores do Quarteto do Oriente Médio se encontraram em Viena nesta sexta-feira para pedir que os líderes dos dois lados suavizem a retórica e acalmem as tensões.

Um comunicado depois do encontro, que teve a presença de Kerry, do ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, da responsável pela política externa da União Europeia, Federica Mogherini, e do coordenador da Organização das Nações Unidas para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov, pede que Israel "trabalhe junto com a Jordânia para manter o status quo de lugares sagrados em Jerusalém tanto no discurso quanto na prática".

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