Vila italiana dos "2 mil euros" diz que oferta será nacional
A ideia da cidade de Bormida é oferecer o bônus para atrair moradores, visto que a pequena vila tem apenas 394 habitantes
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2017 às 15h59.
Última atualização em 10 de maio de 2017 às 17h04.
Após ter recebido milhares de mensagens por conta de sua ideia de pagar 2 mil euros a novos moradores, o prefeito da cidade italiana de Bormida , Daniele Galliano, publicou nesta quarta-feira (10) um texto em sua página no Facebook esclarecendo que a proposta se restringe ao "nível nacional".
Nos últimos dias, Galliano havia dito que apresentaria à Câmara Municipal um projeto inusitado para conter o esvaziamento populacional do vilarejo, que tem 394 habitantes e fica na região da Ligúria, noroeste da Itália: oferecer 2 mil euros a quem se disponibilizar a morar na cidade.
Embora ainda não esteja em vigor, a proposta rodou o mundo e atraiu o interesse de pessoas de diversas nacionalidades, inclusive brasileiros.
"Este será meu último post, e espero esclarecer. A minha foi uma ideia a ser proposta à Região da Ligúria, com a qual estou em contato, e estendida apenas a nível nacional. No entanto, a notícia foi reportada de maneira errada e alcançou um público mundial", afirmou.
Um comunicado divulgado no site da Prefeitura de Bormida já dizia que a iniciativa precisaria do apoio financeiro do governo lígure.
"A Itália é um país maravilhoso e está em crise econômica, como tantos outros. Hoje sou seguido por mais de 17 mil pessoas, não é possível encontrar ajuda para todos, infelizmente. De qualquer maneira, obrigado pelo interesse", acrescentou.
Além disso, Galliano apagou seus outros textos no Facebook, incluindo aqueles em que comentava a proposta dos 2 mil euros.
O plano do prefeito, segundo comunicado publicado pela administração municipal, é implantar o pagamento a novos moradores a partir de 2018.
Em sua última mensagem, Galliano não esclarece se o bônus, caso seja aprovado, valerá para estrangeiros residentes na Itália.
A cidade já tenta outras maneiras de atrair novos habitantes, como oferecer aluguel de casas a preços entre 50 e 120 euros por meio de licitações públicas - as próximas devem acontecer dentro de dois meses, e as exigências para participar ainda não foram divulgadas.
Nos anos 1950, Bormida chegou a abrigar cerca de 1 mil habitantes, mas desde então vem sofrendo com o esvaziamento populacional, uma realidade que atinge muitos locais da Itália. Em Sant'Alessio in Aspromonte, na Calábria, por exemplo, a Prefeitura tem buscado atrair e integrar refugiados para aumentar sua população.
Este conteúdo foi publicado originalmente no site da ANSA .