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Vídeo mostra supostos combatentes de Assad executando homens

Postado por rebeldes, vídeo parece mostrar combatentes esfaqueando dois homens até a morte em uma execução sumária


	Soldados do Exército Livre da Síria durante uma troca de tiros com as forças leais ao presidente: ambos os lados foram acusados de atrocidades
 (Muzaffar Salman/Reuters)

Soldados do Exército Livre da Síria durante uma troca de tiros com as forças leais ao presidente: ambos os lados foram acusados de atrocidades (Muzaffar Salman/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2013 às 12h35.

Beirute - Um vídeo postado por rebeldes sírios na Internet parece mostrar combatentes leais ao presidente Bashar al-Assad esfaqueando dois homens até a morte e apedrejando-os com blocos de concreto em uma execução sumária com duração de vários minutos.

Tanto as forças de Assad e como os rebeldes foram acusados de atrocidades na guerra civil da Síria, que já dura 21 meses. A Organização das Nações Unidas (ONU) diz que as autoridades e suas milícias aliadas são mais culpadas.

A Reuters não conseguiu verificar a procedência das imagens ou a identidade dos agressores e suas vítimas. O vídeo foi postado na terça-feira, mas não estava claro quando ou onde ele foi filmado. No entanto, ele mostra claramente uma execução sumária e tortura, aparentemente sendo cometidas por partidários do governo.

Em um ponto, um dos autores diz: "Pelos olhos de Deus e de seu Senhor, ó Bashar", um cântico árabe sugerindo ações que estão sendo realizadas em nome do líder.

O vídeo foi postado no YouTube pela assessoria de imprensa da Primeira Brigada, uma organização rebelde sediada em Damasco, que disse que tinha sido retirado de um membro capturado do shabbiha, uma milícia pró-governo composta principalmente de membros da minoria alauíta de Assad.

A mídia internacional tem usado frequentemente vídeos fornecidos diariamente por rebeldes, embora seja difícil e muitas vezes impossível verificar seu conteúdo. O governo restringe o acesso à mídia na Síria, onde 28 jornalistas foram mortos no ano passado.


O vídeo dos assassinatos começa com um grupo de homens capturados encolhido contra uma parede em uma sala cheia de entulho. A maioria veste jeans e camisetas puxadas sobre suas cabeças, cobrindo seus rostos.

Cinco homens armados em uniformes de camuflagem e portando rifles estão postados atrás deles, sendo que um se vira para a câmera para sorrir e acenar. Vários prisioneiros são conduzidos para fora da sala, deixando dois homens amontoados contra a parede.

Um soldado alto e barbudo, com óculos escuros e um boné preto Nike, corta levemente as costas dos homens com uma faca. Dois outros entregam suas armas para seus companheiros e pegam facas.

Um deles, um homem mais baixo de boné bege, vira para a câmera e balança sua faca. Os soldados começam a esfaquear os capturados, que se agitam e gemem.

Um close-up mostra cortes através do suéter azul de uma das vítimas até a sua pele. O sangue começa a fluir em suas costas. A outra vítima cai no chão.

Os soldados se mostram para a câmera, sorrindo nos momentos de close-up e cortando as costas dos homens. Eles começam a esfaquear os homens mais profunda e violentamente nas costas e na lateral. Os homens caem no chão.

Um dos homens esfaqueados ainda está se mexendo quando um soldado joga um pedaço grande de alvenaria quebrada em sua cabeça. Outros seguem o exemplo até que os homens ficam quase completamente cobertos de tijolos de concreto, agora manchados de sangue.

Os soldados deixam a sala e um deles bate as mãos para remover a poeira.

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