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Vice-presidente do Tribunal na Bolívia renuncia por problemas na apuração

Antonio Costas renunciou por supostos "desacordos" com a decisão de suspender a publicação da contagem rápida

Manifestação em Bolívia: oposicionistas acusam o tribunal por suposta fraude em favor do presidente Evo Morales, que busca um quarto mandato (Ueslei Marcelino/Reuters)

Manifestação em Bolívia: oposicionistas acusam o tribunal por suposta fraude em favor do presidente Evo Morales, que busca um quarto mandato (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de outubro de 2019 às 20h56.

São Paulo — O vice-presidente do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Bolívia Antonio Costas, renunciou nesta terça-feira por supostos "desacordos" com a decisão de suspender a publicação da contagem rápida após a eleição presidencial de domingo. A saída de Costas coloca em situação crítica o órgão eleitoral, que tem sido alvo de denúncias da oposição.

Os oposicionistas acusam o tribunal por suposta fraude em favor do presidente Evo Morales, que busca um quarto mandato. Segundo a carta de renúncia enviada por Costas ao vice-presidente Álvaro García Linera, sua decisão ocorreu por causa da "desatinada decisão da sala plena do tribunal de suspender a publicação de contagens".

Até o momento, o TSE transmite dois resultados de maneira simultânea: os da contagem rápida - que alcançam 99% dos votos apurados e dão a Morales 46,4% e ao ex-presidente Carlos Mesa, 37,07%; e a contagem final, que tem 93,9% dos votos apurados, dando a Morales 45,48% e a Mesa, 37,95%.

A suspensão da publicação das contagens rápidas entre domingo e segunda-feira desatou tensões e colocou na mina nacional e internacional o trabalho do TSE.

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