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Vice-premiê da Itália diz que Macron é "péssimo presidente"

Para o ministro do Interior, Matteo Salvini, o presidente francês "dá lições de generosidade", mas rejeita imigrantes da fronteira italiana

Matteo Salvini: ministro do interior e vice-premiê da Itália (Tony Gentile/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de janeiro de 2019 às 06h56.

Última atualização em 23 de janeiro de 2019 às 06h57.

Milão - O ministro do Interior e vice-primeiro-ministro da Itália, Matteo Salvini, afirmou nesta terça-feira que o presidente da França, Emmanuel Macron , é um "péssimo presidente".

Em comentários que devem aumentar as tensões franco-italianas, Salvini disse que o governo da Itália não era igual ao francês. De acordo com ele, o problema não está no povo francês, mas sim em Macron, que "fala muito e consegue pouco, que dá lições de generosidade e depois rejeita milhões de imigrantes que estão na fronteira italiana".

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"Se Macron é tão bom, ele pode provar isso com fatos, deixando milhares de refugiados que estão na Itália e a quem ele prometeu hospitalidade com outros países europeus", afirmou Salvini em uma transmissão ao vivo no Facebook.

Ele comentou, ainda, que espera que os eleitores franceses mandem uma mensagem para Macron durante as eleições europeias no fim de maio, mostrando apoio à líder da extrema direita da França, Marine Le Pen, que é aliada política do governo italiano.

O líder do Movimento 5 Estrelas (M5S) e também vice-primeiro-ministro da Itália, Luigi Di Maio, elevou as tensões entre os dois países no início deste mês ao dizer que o partido estava pronto para ajudar os manifestantes conhecidos como coletes amarelos, que protestam contra o governo de Macron há dez fins de semana consecutivos.

O Ministério de Relações Exteriores da França convocou, na segunda-feira, o embaixador italiano por causa dos comentários das autoridades da terceira maior economia da zona do euro sobre a crise migratória na Europa.

O premiê da Itália, Giuseppe Conte, tentou reduzir as tensões ao dizer que os recentes comentários de Salvini e Di Maio "não significam discutir nossa amizade histórica com a França, nem com o povo francês".

Para Conte, esse relacionamento "continua forte e estável, apesar das discussões políticas".

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