Mundo

Venezuela vive dia de protestos e homenagens a Chávez

Um manifestante que identificou apenas pelo sobrenome, Zolano, criticou os simpatizantes do falecido presidente


	Homem segura retrato de Chávez: pessoas empunhando bandeiras venezuelanas faziam fila para visita o Quartel da Montanha
 (Raul Arboleda/AFP)

Homem segura retrato de Chávez: pessoas empunhando bandeiras venezuelanas faziam fila para visita o Quartel da Montanha (Raul Arboleda/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de março de 2014 às 15h28.

Caracas - De um lado de Caracas, manifestantes contrários ao governo armaram barricadas para protestar. No outro extremo, uma multidão reuniu-se para marcar o primeiro aniversário da morte do presidente Hugo Chávez.

As avenidas bloqueadas por manifestantes situam-se na zona leste de Caracas. As vias foram interditadas com barricadas armadas com materiais de construção, lixo, troncos de árvores, móveis e eletrodomésticos velhos, o que causou congestionamentos em alguns pontos da capital venezuelana.

Ao barulho de cornetas e apitos, dezenas de pessoas, a maioria de classe média, começaram a se reunir durante a madrugada em El Hatillo para iniciar o bloqueio das ruas.

Um manifestante que identificou apenas pelo sobrenome, Zolano, criticou os simpatizantes do falecido presidente. "Não se pode celebrar um tirano que se ocupou somente de comprar consciências e amparar a impunidade", opinou.

Segundo ele, os protestos são "um pedido de auxílio aos presidentes que se atrevem a vir à Venezuela e serem cúmplices, por interesse próprio, da mão opressora de um grupo que só quer enraizar ideais sociais e comunistas".

Em 23 de Enero, bairro pobre no extremo oeste de Caracas, a realidade é outra. Também de madrugada, centenas de pessoas empunhando bandeiras venezuelanas faziam fila para visita o Quartel da Montanha, onde são preservados os restos mortais de Chávez.

"Sou muito agradecida a Chávez, pois na verdade ele despertou a mim e ao meu povo", declarou Soraida Vega enquanto esperava na fila para visitar o museu militar onde repousam os restos do falecido presidente.

"Não temos que nos deixar diminuir por esses pitianques (pró-americanos), esses traidores", prosseguiu ela, rechaçando os protestos iniciados em 12 de fevereiro.

Enquanto a manifestação prosseguia na zona leste de Caracas, o governo pretendia realizar hoje um desfile cívico militar na região oeste da capital para homenagear Chávez. Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaHugo ChávezPolíticosProtestosProtestos no mundoVenezuela

Mais de Mundo

Violência após eleição presidencial deixa mais de 20 mortos em Moçambique

38 pessoas morreram em queda de avião no Azerbaijão, diz autoridade do Cazaquistão

Desi Bouterse, ex-ditador do Suriname e foragido da justiça, morre aos 79 anos

Petro anuncia aumento de 9,54% no salário mínimo na Colômbia