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Venezuela tira do ar emissoras que transmitiam o "Venezuela Aid Live"

Show foi convocado pelo multimilionário Richard Branson e tem como objetivo apoiar entrada de ajuda humanitária que está em Cúcuta

Venezuela Aid Live: Concerto reuniu diversos artistas em apoio à entrada da ajuda humanitária no país (Luisa Gonzalez/Reuters)

Venezuela Aid Live: Concerto reuniu diversos artistas em apoio à entrada da ajuda humanitária no país (Luisa Gonzalez/Reuters)

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EFE

Publicado em 22 de fevereiro de 2019 às 19h13.

Caraca - Os sinais da emissora espanhola "Antena 3" e da americana "National Geographic", que podem ser vistos na Venezuela por meio de operadoras de TV por assinatura, foram tirados do ar nesta sexta-feira enquanto transmitiam o show "Venezuela Aid Live", que acontece em Cúcuta, na Colômbia, em apoio à entrada de ajuda humanitária no país.

A informação foi denunciada pelo Sindicato de Trabalhadores da Imprensa Venezuelana (SNTP) nas redes sociais e a Agência Efe confirmou que os canais "não estão disponíveis".

"As operadoras por assinatura DirectTV e Intercabo tiraram do ar o sinal da 'NatGeo' e da 'Antena 3', enquanto transmitiam o concerto 'Venezuela Aid Live'. #CensuraEsDictadura", afirma a mensagem do SNTP.

O "Venezuela Aid Live" foi convocado pelo multimilionário Richard Branson no lado colombiano da ponte fronteiriça de Tienditas, que conecta Cúcuta com a cidade venezuelana de Ureña, para apoiar a entrada da ajuda humanitária ao país caribenho, que o governo de Nicolás Maduro se nega a aceitar.

As doações que vêm dos Estados Unidos e outras nações foram solicitadas pelo líder do parlamento, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente em exercício, e se encontram em pontos de armazenamento em países vizinhos da Venezuela como Brasil, Colômbia e a ilha de Curaçao.

As ajudas foram solicitadas no meio da grave crise econômica que ocasionou escassez de remédios e alimentos no país.

Maduro rejeita as doações argumentando que estão "podres" e ontem ordenou o fechamento da fronteira com o Brasil e com as ilhas dos Países Baixos, incluindo Curaçao, enquanto analisa se faz o mesmo com a passagem à Colômbia.

Por enquanto, nem as autoridades venezuelanas nem o ente regulador das telecomunicações no país se pronunciaram sobre a retirada do ar destes canais.

Na Venezuela vários meios de comunicação, nacionais e internacionais, foram tirados do ar por ordem do governo chavista, especialmente quando são críticos com sua administração, como foi o caso da "CNN en Español" em 2017, das colombianas "NTN24" em 2014, "RCN" e "Caracol" em 2017 e em 2007 da nacional "Radio Caracas Televisión".

O Executivo de Maduro assegura constantemente que a imprensa, particularmente a estrangeira, cria "campanhas midiáticas" contra seu governo e lhes acusa inclusive de mentir sobre a situação de crise na Venezuela.

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