Mundo

Venezuela tem semana de 2 dias úteis para poupar energia

"A partir de amanhã, durante pelo menos duas semanas, teremos quartas, quintas e sextas-feiras como dias sem trabalho no setor público", disse Maduro


	Nicolás Maduro: o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, já havia dado as sextas-feiras de folga para a maioria dos 2,8 milhões de funcionários públicos
 (Carlos Garcia Rawlins/REUTERS)

Nicolás Maduro: o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, já havia dado as sextas-feiras de folga para a maioria dos 2,8 milhões de funcionários públicos (Carlos Garcia Rawlins/REUTERS)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2016 às 09h37.

Caracas - O governo da Venezuela ordenou na terça-feira que os servidores públicos só trabalhem dois dias por semana para economizar energia no país-membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), atualmente assolado por uma crise.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, já havia dado as sextas-feiras de folga para a maioria dos 2,8 milhões de funcionários públicos durante abril e maio para reduzir o consumo de eletricidade.

"A partir de amanhã, durante pelo menos duas semanas, teremos quartas, quintas e sextas-feiras como dias sem trabalho no setor público", disse Maduro em seu programa de televisão semanal.

Secas fizeram com que a água da principal represa e hidrelétrica da Venezuela diminuísse a níveis quase críticos. A represa abastece quase dois terços da energia da nação sul-americana.

A escassez de água e de eletricidade agravou o sofrimento dos 30 milhões de venezuelanos, que já enfrentam uma recessão brutal, a falta de itens básicos que vão de leite a remédios, preços em disparada e longas filas nos estabelecimentos comerciais.

Maduro, de 53 anos, que sucedeu o falecido Hugo Chávez em 2013 e cujos opositores estão tentando retirá-lo do cargo através de um referendo, apelou por compreensão e apoio.

"Guri se transformou virtualmente em um deserto. Com todas estas medidas, iremos salvá-lo", afirmou, acrescentando que a redução diária de água diminuiu de 20 para 10 centímetros.

Após meses de cortes de energia sem aviso prévio, o governo iniciou um racionamento programado nesta semana por todo o país, exceto na capital Caracas, desencadeando protestos ocasionais em algumas cidades.

Maduro também alterou o fuso horário para ter meia hora a mais de luz solar ao entardecer, exortou as mulheres a reduzirem o uso de eletrodomésticos como secadores de cabelo e obrigou os shopping centres a providenciarem geradores.

Quanto à medida para o funcionalismo público, o governo está excluindo trabalhadores de setores essenciais, como o de alimentação. 

Os salários continuarão sendo pagos integralmente, apesar da redução na carga de trabalho.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaNicolás MaduroOpepPolíticosVenezuela

Mais de Mundo

Trump nomeia Chris Wright, executivo de petróleo, como secretário do Departamento de Energia

Milei se reunirá com Xi Jinping durante cúpula do G20

Lula encontra Guterres e defende continuidade do G20 Social

Venezuela liberta 10 detidos durante protestos pós-eleições