Mundo

Venezuela reafirma parceria com Petrobras

Segundo o ministro de Energia e Petróleo, o país "está avançando" para garantir o financiamento de cerca de 40% da refinaria Abreu e Lima

Obras na refinaria, em Pernambuco: a Venezuela deve fornecer 40% do total do investimento previsto para o projeto (Oscar Cabral/VEJA)

Obras na refinaria, em Pernambuco: a Venezuela deve fornecer 40% do total do investimento previsto para o projeto (Oscar Cabral/VEJA)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2011 às 11h07.

Caracas - O ministro de Energia e Petróleo da Venezuela, Rafael Ramírez, disse nesta quinta-feira que seu país "está avançando" no processo de apresentação de garantias para ter acesso ao financiamento de cerca de 40% da refinaria que está construindo com a Petrobras no nordeste do Brasil.

"As obras já estão em andamento. Estamos em permanente contato, por todas as vias, com a Petrobras e com todas as autoridades do governo brasileiro", disse Ramirez a jornalistas sobre o processo de obtenção de financiamento para pagar 40% da refinaria de Abreu e Lima.

Em março, um alto executivo da Petrobras advertiu que a companhia só esperaria até agosto pelas garantias que a petroleira estatal venezuelana (PDVSA) tem que apresentar para assumir sua parte do financiamento ou, em outro caso, a empresa brasileira iria "fazer os investimentos sozinha".

A Petrobras obteve uma linha de crédito de cerca de 6 bilhões de dólares do BNDES em 2009 para financiar a construção da refinaria, mas este financiamento expirará em agosto de 2011.

"A linha de crédito do BNDES expira em agosto e então vamos passar a buscar um conjunto de recursos adicionais", explicou o ministro venezuelano nesta quinta.

Em fevereiro, Ramírez disse que o país cumpriria "em março ou abril" todos os requisitos necessários para sua participação no financiamento do projeto.

A Venezuela deve fornecer 40% do total do investimento previsto para o projeto, que será desenvolvido no estado de Pernambuco, com os restantes 60% cabendo a Petrobras.

O custo previsto em 2007 para este projeto foi de 4 bilhões de dólares, preço que segundo fontes brasileiras aumentou consideravelmente desde então.

O projeto permitirá o processamento de 200 mil barris de petróleo por dia retirados de campos brasileiros e venezuelanos.

Para a Petrobras, a associação com a gigante venezuelana é estratégica porque lhe dá o direito de participar da exploração de poços da rica região conhecida como "Faixa do Orinoco", na Venezuela.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaRegião NordesteVenezuela

Mais de Mundo

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA

Refugiados sírios tentam voltar para casa, mas ONU alerta para retorno em larga escala

Panamá repudia ameaça de Trump de retomar o controle do Canal

Milei insiste em flexibilizar Mercosul para permitir acordos comerciais com outros países