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Venezuela: plataforma que afundou não trará risco ambiental

De acordo com o ministro venezuelano da Energia, poço foi desligado e não há risco de vazamento de gás

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, alertou a população sobre o afundamento via twitter (.)

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, alertou a população sobre o afundamento via twitter (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

Caracas - O Governo venezuelano garantiu que não existe nenhum risco de a plataforma de gás "Aban Pearl" que hoje afundou em frente ao litoral oriental do país gere algum tipo de contaminação ambiental.

"Não há nenhum perigo de fuga de gás, que neste caso seria gás seco. O poço da plataforma foi desligado, foram ativadas as válvulas de segurança e ainda outro mecanismo adicional. Posso afirmar que o poço Dragão 6 está estável", disse o ministro da Energia, Rafael Ramírez, ao canal estatal de televisão.

"Adotamos todos os procedimentos estabelecidos para casos como estes", acrescentou Ramírez, depois de ratificar que os 95 ocupantes da plataforma foram resgatados com vida.

O ministro explicou que inicialmente foram retirados quase todos os trabalhadores, menos o capitão e os dois responsáveis pelo sistema de flutuação.

"Por volta da 1h30 no horário local o capitão e seus dois ajudantes foram resgatados porque a inclinação da plataforma atingiu 45 graus. Uma hora depois ocorreu o afundamento. Agora, não há nenhum rastro que ali havia uma plataforma", destacou Ramírez.

O ministro informou que vai viajar a cidade de Carúpano, a 545 quilômetros ao leste de Caracas, para chegar até o navio broca "Netuno", próximo ao fundo, e avaliar a situação a partir do local do acidente.

Ramírez assinalou que a plataforma é de propriedade da empresa indiana "Petromarin" e destacou que antes de iniciarem as suas operações em águas venezuelanas a idoneidade da empresa reguladora foi inspecionada e certificada.

"Disseram que estava em ótimas condições, por isso temos de ser muito cuidadosos na investigação", manifestou o titular de Energia ao referir-se às causas que poderiam gerar o acidente.


Ramírez adiantou que tudo parece indicar que o problema surgiu em um dos pontilhões situados na base da plataforma, onde se apóiam as colunas de sustentação.

Esses pontilhões têm um sistema de equilíbrio que inclui válvulas de bombeamento e outros mecanismos reguladores que, aparentemente, falharam em alguma das manobras.

Ramírez revelou que a investigação incluirá o envio ao fundo do mar de um robô "que fará uma inspeção direta da estrutura sobre a qual se assentava a plataforma.

Reiterou ainda que poço Dragão 6 foi "fechado" com fluídos especiais e por outros sistemas de segurança e que "não há risco de contaminação ambiental".

O anúncio do afundamento da plataforma foi feito pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, na madrugada por meio da sua conta na rede social Twitter.

"Com pesar informo que afundou a plataforma de gás "Aban Pearl" há poucos momentos. A boa notícia é que os 95 trabalhadores estão a salvo", escreveu Chávez em sua primeira mensagem sobre o assunto.

Pouco depois, o presidente venezuelano voltou a informar que os trabalhadores haviam sido resgatados e dois patrulheiros da Marinha estavam na região.

Chávez detalhou que a "plataforma era semissubmergível" que "a meia-noite inclinou, acumulou água", por isso que "encerraram as operações" e retiraram os trabalhadores.

O ministro disse que a estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) recebeu apoio da Marinha para resgatar os trabalhadores.

No ano passado, a PDVSA incorporou a plataforma semissubmergível "Aban Pearl" aos equipamentos de perfuração do país.

Segundo a companhia petrolífera estatal venezuelana, a broca, proveniente de Cingapura, iria permitir a construção de poços para início de exploração em campos marítimos venezuelanos.


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