Acompanhe:

Venezuela nega notificação e fala em "golpe" no Mercosul

"A Venezuela anuncia que seguirá sendo parte do Mercosul, e seguimos exercendo a presidência temporária deste organismo sub-regional", destacou a chanceler

Modo escuro

Continua após a publicidade
Venezuela: a ministra frisou que a decisão anunciada em Assunção "não tem nenhum tipo de efeito nem para a Venezuela nem para ninguém" (Marco Bello/Reuters)

Venezuela: a ministra frisou que a decisão anunciada em Assunção "não tem nenhum tipo de efeito nem para a Venezuela nem para ninguém" (Marco Bello/Reuters)

E
EFE

Publicado em 2 de dezembro de 2016 às, 16h55.

Última atualização em 2 de dezembro de 2016 às, 16h58.

Caracas - A chanceler da Venezuela, Delcy Rodríguez, afirmou nesta sexta-feira que seu país não foi notificado da suspensão de seus "direitos inerentes" como Estado Parte do Mercosul e qualificou essa decisão, anunciada pela chancelaria do Paraguai, de "golpe de Estado".

"A Venezuela não foi notificada conforme as normas do Mercosul e, portanto, não podemos dar-nos por notificados do que se pretende fazer, que não é mais que um golpe de Estado no seio do Mercosul, estariam tornando o Mercosul ilegal", disse a chanceler venezuelana em declarações aos jornalistas em Caracas.

A chancelaria paraguaia declarou mais cedo que tinha comunicado Rodríguez da decisão dos quatro membros fundadores do bloco regional (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) de suspender os direitos da Venezuela a partir hoje, após o país ter descumprido as obrigações assumidas no Protocolo de Adesão.

No entanto, a ministra das Relações Exteriores da Venezuela ressaltou que seu país seguirá sendo Estado Parte do grupo, pois garantiu que está respaldado pelas normas e a institucionalidade do Mercosul e pelo direito internacional público.

"Qualquer atuação pelas costas desta legalidade e deste sistema é absolutamente nula, e não tem para nós nenhum tipo de efeito. A Venezuela anuncia que seguirá sendo parte do Mercosul, e seguimos exercendo a presidência temporária deste organismo sub-regional", destacou Rodríguez.

Além disso, frisou que a decisão anunciada em Assunção "não tem nenhum tipo de efeito nem para a Venezuela nem para ninguém", e responsabilizou os chanceleres desses quatro países de elaborar o "golpe de Estado", e também lhes acusou de atribuir-se faculdades que não têm.

A comunicação paraguaia ressalta que o governo venezuelano expressou em várias ocasiões a impossibilidade de incorporar normas específicas do Mercosul a seu ordenamento jurídico nacional.

No entanto, Rodríguez garantiu que em quatro anos a nação caribenha tinha incorporado em 95% o acervo normativo do Mercosul enquanto, segundo afirmou, alguns membros fundadores o cumpriram em apenas 75%.

"Razões jurídicas não as há, somente a intolerância política", salientou a chanceler venezuelana, que anunciou que "em breve" mostrará "provas de fatos irregulares" que, segundo disse, teriam sido cometidos por seus pares de Paraguai, Uruguai, Argentina e Brasil na secretaria do Mercosul.

Últimas Notícias

Ver mais
'É grave que ela não possa ter sido registrada', diz Lula sobre candidata opositora na Venezuela
Mundo

'É grave que ela não possa ter sido registrada', diz Lula sobre candidata opositora na Venezuela

Há 19 horas

CNI defende acordo Mercosul-UE após críticas de Macron na Fiesp
Mundo

CNI defende acordo Mercosul-UE após críticas de Macron na Fiesp

Há 22 horas

Macron e Lula se reúnem hoje em Brasília; saiba quais temas serão discutidos pelos dois presidentes
Brasil

Macron e Lula se reúnem hoje em Brasília; saiba quais temas serão discutidos pelos dois presidentes

Há um dia

Não devemos desistir de aprovar um acordo entre UE e Mercosul, diz Haddad
Economia

Não devemos desistir de aprovar um acordo entre UE e Mercosul, diz Haddad

Há um dia

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais