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Venezuela não suprirá vazio deixado pelo petróleo iraniano

Pelas sanções adotadas contra o Irã devido a seu programa nuclear, o país pode deixar de vender petróleo

O ministro de Energia e Petróleo da Venezuela, Rafael Ramírez: 'não estamos de acordo com nenhuma atividade de bloqueio e de sanções contra nenhum país' (Dieter Nagl/AFP)

O ministro de Energia e Petróleo da Venezuela, Rafael Ramírez: 'não estamos de acordo com nenhuma atividade de bloqueio e de sanções contra nenhum país' (Dieter Nagl/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2012 às 19h43.

Caracas - O governo da Venezuela advertiu nesta segunda-feira que não suprirá o petróleo que o Irã eventualmente deixará de vender a seus compradores tradicionais pelas sanções que forem adotadas contra a nação persa devido a seu programa nuclear.

'A Venezuela não tem intenção alguma de suprir nenhum tipo de falta de provisão da República Islâmica do Irã', indicou o ministro de Petróleo e Mineração venezuelano, Rafael Ramírez, cujo país é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), assim como o Irã.

'Não estamos de acordo com nenhuma atividade de bloqueio e de sanções contra nenhum país; muito menos contra um país irmão e membro da Opep, como é o Irã', acrescentou.

Ramírez alertou ainda que uma eventual agressão militar contra o Irã teria 'consequências imprevisíveis' tanto no preço do petróleo como na provisão energética nos mercados mundiais.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira que começará a aplicar sanções a empresas internacionais que comprarem petróleo iraniano a partir de 28 de junho, como parte de sua estratégia de pressão sobre Teerã pelas suspeitas de que o país persa tente desenvolver armas nucleares.

Primeiramente, no entanto, Washington irá considerar se há suficiente oferta de petróleo por parte de outros países 'para permitir uma redução significativa do volume de petróleo adquirido no Irã'.

Em 23 de janeiro, a União Europeia decidiu reforçar as sanções econômicas contra o país de Mahmoud Ahmadinejad e proibir a compra de seu cru a partir de 1º de julho. 

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