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"Venezuela está em paz", diz Nicolás Maduro

Dezenas de pessoas ficaram feridas nesta quinta-feira em uma manifestação convocada pela maioria opositora do Parlamento

Maduro: "A Venezuela está em paz, produzindo, trabalhando, e pequenos focos violentos, com a autoridade da Constituição, foram neutralizados" (Oswaldo Rivas/Reuters)

Maduro: "A Venezuela está em paz, produzindo, trabalhando, e pequenos focos violentos, com a autoridade da Constituição, foram neutralizados" (Oswaldo Rivas/Reuters)

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AFP

Publicado em 6 de abril de 2017 às 22h02.

Em declarações nesta quinta-feira (6), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, garantiu que o país "está em paz", apesar dos fortes distúrbios registrados hoje durante uma marcha da oposição em Caracas, os quais classificou como "pequenos focos violentos".

"A Venezuela está em paz, produzindo, trabalhando, e pequenos focos violentos, com a autoridade da Constituição, foram neutralizados e não conseguiram seu objetivo: encher toda Caracas de violência. Caracas está agorinha em absoluta paz", afirmou Maduro durante um encontro com líderes religiosos transmitido pela emissora pública VTV.

Dezenas de pessoas ficaram feridas nesta quinta-feira em uma manifestação convocada pela maioria opositora do Parlamento.

O protesto aconteceu um dia depois de o Poder Legislativo - de maioria opositora - iniciou um procedimento para destituir magistrados do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ). Na semana passada, a instituição tentou assumir as competências do Parlamento e deixar os deputados sem imunidade, por meio de duas sentenças.

As sentenças foram parcialmente anuladas no sábado, após duras críticas da comunidade internacional, em meio às quais a Organização dos Estados Americanos (OEA) declarou uma "grave alteração" da ordem democrática na Venezuela.

Policiais e militares usaram gás lacrimogêneo, jatos d'água e balas de borracha para repelir os manifestantes, quando tentavam ultrapassar uma barreira na principal autoestrada de Caracas.

A multidão respondeu com pedras, até ser dispersada.

Maduro atribuiu a situação "à loucura e ao desespero de pequenos grupos que tentam, com focos, atrair a atenção do mundo para que a Venezuela sofra intervenção".

No encontro ecumênico realizado em meio a essas tensões, o presidente usou linguagem religiosa para condenar os fatos, os quais buscam, segundo ele, um golpe de Estado.

"Faz muita falta a palavra de Deus (...) frente a tantos chamados de divisão e de ódio de minorias que pretendem encher a Venezuela de violência e intervir", garantiu Maduro.

"Que se afastem os espíritos do mal anti-imperialistas que buscam a intervenção da Venezuela", criticou a chanceler Delcy Rodríguez.

A igreja católica venezuelana não escapou das críticas de Maduro, que acusou a instituição de promover "o ódio e a derrocada de um governo".

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